Analisando algumas das obrigações atuais do Fluminense, sem dúvidas, uma delas, é reparar os erros da inadmissível derrota para a Portuguesa, que acendeu certa preocupação para a torcida tricolor em relação ao time Sub-23 do Fluminense, assim como a dificuldade que será o clássico de domingo: o primeiro Fla-Flu do ano.

Outra obrigação, que divide opiniões na torcida, é relacionada ao Campeonato Carioca. No caso, a necessidade do Fluminense reafirmá-lo; ressaltar a sua história, que tem sido alvo de roubos, vexames, escândalos e administrações absurdas nos últimos anos.

Em momentos de raiva, quis que o Fluminense largasse de mão o Carioca, confesso, como na Taça GB de 2019. Aquilo foi de um absurdo sem tamanho. Porém, refletindo até mesmo com comentários de amigos, considero que uma história tão valiosa e rica em detalhes não pode ser jogada fora dessa maneira. O futebol do RJ tem o seu valor e foi o Fluminense que lhe deu a vida. Ignorar o Carioca é, no fundo, aignorar todo o trabalho feito pelo Tricolor das Laranjeiras no início do Século XX e, obviamente, todos os momentos de glória envolvendo o campeonato da Cidade Maravilhosa. É aceitar, também, a derrota para os que detestam o nosso clube e querem vê-lo sem chão. Precisamos enfrentar esta batalha.

Isso, contudo, não significa colocá-lo acima das competições que vêm pela frente. O foco da temporada é a Libertadores, torneio de maior importância na América do Sul, ao lado dos torneios nacionais. Todos os jogos, sejam amistosos ou oficiais – independente das competições – precisam ser encarados com seriedade. Senão, de que vale falar a máxima “vencer ou vencer”? Seria incoerente. O que foi visto contra a Lusa foi uma afronta – descarto a partida contra o Resende, na qual a arbitragem passou longe de estar em seus melhores dias.

É o que queremos não só neste Fla-Flu, mas durante todo o resto da temporada.