Jogadores vão e vêm. Craques, medianos, ruins, péssimos. Raçudos, indiferentes, sem sangue. Em sua história, o Fluminense já teve de tudo, natural para um clube de futebol secular.
Contudo, especialmente nos últimos anos, que infelizmente vão se firmando como o período mais longo sem conquistas relevantes da história do Flu, ao menos em sua era profissional, não são poucas as contratações e manutenções de jogadores que não se alinham aos propósitos esportivos do Tricolor, ao menos para quem ainda vê o clube como um verdadeiro competidor e não um figurante.
O caso de Wanderson Felippe, que conhecemos pelo nome profissional de Felippe Cardoso, chama atenção por curiosidades que veremos a seguir.
Tendo chegado ao Fluminense para a temporada 2020, contratado junto ao Santos, FC despontou na Ponte Preta, sendo efetivado por um treinador que teve uma passagem pelo Fluminense: Eduardo Baptista, em 2015, quando o atual presidente era o vice-presidente de futebol. A seguir foi para o Santos indicado por outro nome histórico ligado ao Fluminense: Cuca, que nele viu uma contratação especial. No time santista fez seu primeiro gol como profissional em novembro de 2018, vinculado por um contrato expressivo de cinco anos.
A grande promessa teve dificuldades a partir da contratação de Jorge Sampaoli pelo Peixe. Seu tempo no Santos não durou oito meses e, sem espaço entre os titulares, partiu para o time do Ceará em julho de 2019. O jovem cigano cumpriu cinco meses de contrato e desembarcou no Fluminense.
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Embora seja um atacante, FC não tem o gol como ofício. Em mais de dois anos como profissional, não fez dez gols na carreira. Pelo Fluminense marcou três. Sua visível limitação técnica não lhe permitiu plena titularidade no Flu, mas chama a atenção de que embora tenha sido reserva na maioria das partidas em que foi relacionado, ele invariavelmente entrou em campo no segundo tempo, quaisquer que fossem os panoramas das partidas, geralmente acompanhado por Caio Paulista.
Não dá para dizer que passes e cruzamentos sejam a especialidade de FC. Seus poucos defensores ressaltam sua “entrega em campo pelo time, auxiliando na marcação e evitando a subida de laterais adversários”. Especialmente no segundo turno do Brasileirão, com 15 pontos em 12 jogos, é intuitivo crer que na maioria dos jogos o Fluminense precisasse de vitórias. Colocar um atacante para impedir a subida de laterais não parece o perfil de um time com a necessidade do triunfo, mas tudo bem. Não importa: seja o que for, ele está lá para contribuir com seus não passes, não cruzamentos e não gols.
Agora, o fato mais curioso da trajetória do jogador pelo Fluminense é que, logo após suas pífias atuações pelo Campeonato Carioca, ele foi anunciado como fora do clube. Ninguém sabe explicar com base lógica o que fez um jogador dispensado por evidente insuficiência técnica ser subitamente reincorporado ao elenco e mais: retrofitado como principal opção ofensiva (a quem?) no decorrer das partidas do Flu em sua busca por uma vaga na Copa Libertadores. Isso num clube que tem várias opções de jogadores formados na famosa base de Xerém, a mesma que costuma dar muita fama ao Flu, mas praticamente nenhum retorno esportivo e pequeno do ponto de vista financeiro. A justificativa oficiosa foi de que FC poderia ajudar a suprir a saída “surpreendente” de Evanílson para o futebol português via Tombense-se-se.
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Wanderson Felippe é um ativo militante das redes sociais. Nelas, costuma expressar sua enorme simpatia pelo Flamengo em likes e compartilhamentos, fato que deveria enfurecer a direção tricolor assim como já enfurece a nossa torcida, mas que não recebe nenhuma providência visível a respeito. Num clube que recentemente censurou a faixa de uma crítica ao dirigente remunerado Paulo Angioni, a vista grossa para o amor de um jogador nosso pelo maior rival é realmente muito estranha. Mas, se ainda não bastasse o currículo expressado nesta coluna, FC também milita na exótica bandeira do negacionismo diante da Covid19 que, como se sabe, já matou mais de 210 mil brasileiros. É seu direito a manifestação política, mas causa espécie por ir na direção contrária do clube, ao menos enquanto se manifestou contra a volta do futebol na pandemia.
É justo que alguns tricolores se interessem exclusivamente pelo que o jogador faz dentro de campo. Porém, a reflexão é inevitável: Felippe Cardoso fez muito pouca coisa para ser uma substituição garantida em quase todos os jogos do Fluminense. Não há arcabouço técnico que justifique tal situação. Contudo, novamente surge a notícia de que FC não continuará no Fluminense. Afinal, por que se ter tanta insistência com um atleta que não teria vida útil nas Laranjeiras/CDD, atrapalhando outros jogadores que teriam chance de se firmar na equipe?
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Em tese, Wanderson Felippe é agenciado pela Firtseleven ISM, de propriedade do senhor Franjo Vranjkovic. No Brasil, seu executivo chama-se Juan Madeira.
Enquanto isso, o Fluminense segue em busca da vaga à Libertadores, precisando de melhores jogadas em campo e não ser vítima delas fora das quatro linhas.
MADEIRA DE DAR EM DOIDO É JACARANDÁ, E, DEIXA A MANGUEIRA PASSAR. JUAN NÃO RIMA COM SAMBA E TODAVIA CHEIRA A UMA TRAMPA TIPO HERNAN…