O Fluminense segue firme na parte de cima da tabela, após a vitória desse domingo contra o Internacional.

Acho consensual que, dos times mais à frente, o Flu tem o elenco mais fraco e o mais barato também, que sofre com saídas de jogadores, menos do que em outros anos, mas sofre. Afora as lesões e a Covid19.

Diria a torcida do Fluminense e a do próprio Inter que ainda padecemos de um técnico fraco, inexperiente, retranqueiro e sortudo.

A meu ver passa longe disso.

Temos um modelo de jogo adaptado às nossas circunstâncias. O Fluminense parecia ter vários armadores, mas na verdade o Nenê é mais atacante, o Ganso tá mal e o Miguel é muito novo. Sobrou o Marcos Paulo que não teve uma regularidade na temporada.

Soma-se a isso a laterais fracos no apoio e/ou improvisados a pergunta que fica é: como fazer gols?

A solução encontrada foi jogar o básico, ocupar muito espaço no meio de campo, travar os adversários, treinar e aproveitar muita bola parada e lutar bastante. Não funciona sempre, é feio e sofrido de ver, mas só tem aparência de não confiável. Tentando criar jogadas “organicamente”, o Fluminense não teria esses 35 pontos muito recuado. Só no contra ataque também não faria.

A perda de Dodi e o potencial do Yago contudo abalam um pouco esse esquema. Eram os dois pulmões do meio campo do time, um desde a saída de bola, outro encostando mais à frente. Felizmente temos alternativas no Sub-20 e Sub-23. Cabe ao Odair usá-las. De onde veio o André tem mais.

Em suma, acredito que a torcida poderia apoiar mais o time, mas de todo modo ele tem potencial. Está operando quase no seu limite mas tem como ir à Libertadores 2021. Esperançosas ST.

Panorama Tricolor

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