O que vem aí do Fluzão? Odair e mais onze (por Paulo-Roberto Andel)

Todo ano é a mesma coisa: chega dezembro, prometo me afastar completamente do futebol, dar um tempo de escrever. Minto para mim mesmo: a temporada se encerra, mas os amigos não param de falar, as notícias sérias e mentirosas não param de surgir, a neblina da ganjona se espalha pelo tradicional esporte bretão. Para piorar, ainda tive que finalizar meu novo livro sobre o Flu – que sai até março -, cheio de participações de craques do texto tricolor. Pelo menos o PANORAMA teve repouso.

Bom, vem aí o Carioca. Gostaria que ele fosse reformulado e reforçado. Não vai dar. É a mesma ladainha para que os quatro grandes encham a TV de jogos. Paciência.

Nada me empolgou nas movimentações do Fluminense até aqui. Os contratados podem virar reforços? Veremos. Pode ser, ou também não dar em nada. Felizmente a tentativa de fazer um time Sub-50 parece afastada. Então é com isso aí que vamos. Sinceramente, depois da quinta luta para não cair em sete anos, eu esperava mais ação. Sou um ingênuo. Ok, isso não vai me impedir de torcer para tudo dar certo. Torcerei. Torceremos.

Uma correção: gostei de Odair. Não exatamente por seu estilo de jogo, mas por toda a sua trajetória e vivência. Ao contrário dos deslumbrados de ocasião, ele sabe exatamente o que é o Fluminense desde quando foi soldado na maior batalha da história do clube.

(O Fluminense que eu vivi, Vilarejo Metaeditora, 2015)

Depois de salvar o Fluminense da morte, o próprio Odair salvou a si mesmo num terrível acidente. Venceu, parou com o campo, foi para a beira, estudou, estudou, estudou e aí está. Um lutador.

É com seu espírito que mais conto para começar a jornada de 2020. Claro, se Muriel e Matheus Ferraz voltarem bem, é uma bela força. Os garotos Marcos Paulo e Evanílson. Há outros.

O conjunto do Fluminense ainda é uma incógnita, mas seu treinador é uma realidade. Que os jogadores de 2020 conheçam toda a trajetória de Odair e nele se inspirem para que tenhamos um time de brio em campo.

Não há dinheiro, a algazarra empresarial ainda é grande, os escombros do passado estão muito vivos, mas o velho Fluminense de guerra às vezes contraria as obviedades.

Por ora, ficam de lado todos os malfeitores do Flu – e são muitos. Só quero um 2020 de paz. Torcerei. Torceremos.

Tomara que tenha uma nuvem bem grande de pó de arroz.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @pauloandel

#credibilidade

1 Comments

  1. Boa noite, boa campanha 2020 para nós!
    Como já comentei aqui em outras ocasiões, vivo fora do Brasil desde 1994. Para mim que tive o privilégio de viver criança à época do Escurinho, Castilho e cia, sinto algo estranho, difícil de entender, como se estivesse anestesiado quando se fala da Saga de 99. Vivi pelos raros jornais. Não fui poupado, mas sobrevivemos!
    ST

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