O TRICOLOR – informação relevante.
Depois do jogo contra o Botafogo, eu escrevi que não duvidava de uma vitória do Fluminense sobre o Cruzeiro, pela Copa do Brasil. A vitória não veio, mas o Tricolor sobrou em campo. Só não contava com o time mineiro jogando como o Botafogo jogara, recuado, por uma bola.
Nesse cenário, o Flu encontrou dificuldades, como vem encontrando ultimamente, porque ainda não descobriu como superar uma defesa bem montada e uma equipe que não sai e não dá campo.
Ocorre que o Cruzeiro deste sábado jogou como Cruzeiro, para frente, porque o campeonato era outro e precisava da vitória. Subiu a marcação e deu espaços ao Tricolor, que foi superior no primeiro tempo e, soberbo, no segundo.
E aí está a diferença entre Diniz e a mesmice: mesmo vencendo por dois a um, mexeu no time, não para garantir o resultado, mas para consolidar a vitória. A entrada dos garotos Marcos Paulo e João Pedro simplesmente desnorteou o Cruzeiro, inclusive a fera da zaga, Dedé, deixando a partida à feição do Fluminense.
E é isso o que o torcedor – de qualquer clube – quer ver, fazer um, dois, três, quatro, quantos for possível, pondo o adversário na roda.
Diniz ainda precisa mostrar como vencer um time que se posta atrás, retrancado, mas já aprendeu algumas lições, como, por exemplo, a redução dos volantes no meio, apostando em Allan, que vem se destacando no seu esquema. Sacou o goleiro Rodolfo e vem utilizando bem as joias João Pedro e Marcos Paulo.
Pode ter suas teimosias, todo treinador as tem, em maior ou menor medida, mas mostrou que não está engessado, que pode criar alternativas para mudar situações adversas de jogo.
Não dá para prever o que acontecerá daqui para frente, mas uma coisa é certa, Diniz nunca pecará por omissão. Seu estilo é arrojado, arriscado, às vezes temerário, conquistará vitórias espetaculares como essa contra o Cruzeiro e aquela contra o Grêmio e poderá amargar outras derrotas contra times menos qualificados, como Botafogo e Goiás, mas ninguém poderá dizer que se acovarda.
Com mais tempo, com jogadores como Marcos Paulo e João Pedro, enquanto for possível, Diniz encontrará a fórmula para derrotar também os que se escondem em campo. E aí, meus amigos, o Fluminense poderá surpreender muita gente, e a ousadia de Diniz derrotará a covardia que, infelizmente, é a estratégia preferida de grande parte dos treinadores nacionais.
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