Deu a lógica.
Não foi uma atuação magistral, mas foi uma atuação autoritária, de quem tem mais time e sabe o que quer
Amigos, amigas, por mais que o Flamengo tivesse a vantagem do empate, era nítido que o Fluminense tinha as melhores condições para levar a vaga.
Eu acho que já estou meio repetitivo em denunciar o corolário de obviedades que é a imprensa esportiva. Eu já faço isso há uns dez anos.
Eu não sei se é orientação editorial ou se é só o senso comum. O fato é que, vendo o jogo dos dois times, qualquer um que entenda minimamente de futebol deduziria que o Fluminense era o favorito.
O jogo mostrou isso. Em momento algum o Flamengo conseguiu ameaçar nosso toque de bola. Quando aconteceu, foi por falhas espontâneas, principalmente de Bruno Silva e Daniel.
Mesmo assim, eu acho que a saída de Daniel no intervalo foi ruim. O problema é que os fatos provam o contrário. Se no primeiro tempo o Flamengo foi mais perigoso, explorando os contra-ataques, não nos ameaçou na segunda etapa, após a entrada de Dodi no lugar de Daniel.
Mesmo assim, percebi que o Fluminense perdeu capacidade de articulação no meio de campo, mas, curiosamente, só o Fluminense criou na segunda etapa.
Terminamos o jogo sem laterais, mas isso, na era Diniz, deve ser encarado com naturalidade. Eu entendi a saída de Ezequiel para a entrada de Calazans. Era uma opção para dar mais ofensividade ao setor direito.
Quanto à troca de Marlon por Caio Henrique, confesso que não entendi. Também não vi o efeito.
O efeito que vi foi aquele tapa, meio com desprezo, do Luciano, que nos deu a vitória lá na bacia das almas.
Curiosamente, o Luciano foi quem mais errou no jogo de ontem. Num dos erros, quase deu o gol para o Flamengo.
Aliás, o Flamengo foi um adversário valoroso, mesmo sendo inferior técnica e taticamente. Isso já era esperado. Mesmo assim, há que se dizer que, houvessem saído com o tão ambicionado empate, não haveria injustiça.
O Flamengo, de Abel, soube trabalhar bem a vantagem, tentando explorar os nossos erros. O problema é que os nossos erros foram poucos e eles não conseguiram aproveitar.
A Máquina não deixou de jogar o seu jogo um minuto, exceto quando tentava verticalizar o jogo. Erramos muito. Não foi uma atuação magistral, mas foi uma atuação autoritária, de quem tem mais time e sabe o que quer.
Eu dizia que a atuação já era de lavar a alma, mesmo sem ser incrível. Mas o gol de Luciano foi para derrubar o mundo do senso comum. Será necessário explicar o que é isso, essa coisa chamada “Fluminense do Diniz”.
A gente sabe que o Flamengão não é coisa séria e que jogaremos contra catorze no domingo. Logo, a vitória é o que menos importa. O que importa é a qualidade do trabalho.
Eu já assimilei quase tudo do jogo do Diniz, mas eu não vou falar sobre isso agora. Eu prefiro, por ora, dizer que estou muito feliz e orgulhoso. O Fluminense lavou minha alma. Estou confiante no trabalho, porque esse foi um teste de fogo e o time saiu aprovado, embora o Flamengo esteja bem aquém da fama.
De qualquer forma, como eu não estou aqui para pagar pau para encantados, eu digo que deu a lógica. Vi jogos do Flamengo e do Fluminense e era natural que o Fluminense vencesse. Assim como será o normal vencermos o Vasco no domingo.
Eu não analiso contratações e poderio econômico, mas o jogo em campo. O Fluminense é muito melhor que todos os times do Rio. Isso ficará claro com o andar da carruagem. Quando o técnico tira um craque como o Daniel, que achei uma péssima ideia, e bota o Dodi, que demorou horrores para entender o que fazia em campo, tem algo que o mundo esportivo está escondendo.
Coloque nessa equação que jogamos sem Mascarenhas, Gilberto, Ganso e Pedro, para um bom entendedor, pingo é letra.
Panorama Tricolor
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