A esperança em Diniz e no time (por Felipe Fleury)

O torcedor tricolor ansiava receber a notícia de que Abad e Flusócio haviam sido defenestrados do Fluminense, esta era a expectativa real que enchia a torcida de esperanças para o ano de 2019.

Infelizmente, contudo, ainda seremos obrigados a engolir os desmandos dessa turma por mais algum tempo.

Acossado por todos os lados, ciente de que – para garantir a sua sobrevivência e a de seu grupo político – precisava dar ao Fluminense uma cara bem diferente dos anos anteriores e, mesmo sem dinheiro – malversado por sua própria gestão e a de seu antecessor – Abad esforçou-se para repor as perdas do elenco e fez apostas que podem funcionar.

A principal delas foi Fernando Diniz. Penso que pode ser o nome adequado para trabalhar com um elenco mediano, explorando nomes da base para suprir a carência da equipe. Além disso, tem um estilo arrojado e inovador que, se não deu certo nos últimos clubes por que passou, não significa que não funcione no Tricolor.

Triste é ver uma equipe acovardar-se dentro de campo à imagem de seu treinador fora dele. Com Diniz isso não acontecerá. Se pecar, não será por omissão.

O empate inicial na partida contra o Volta Redonda não pode servir de parâmetro algum para uma avaliação de seu trabalho, embora seu estilo já tenha sido observado em campo, ainda que de forma bastante incipiente, sobretudo na saída de bola sem chutões para frente e na organização tática da equipe. Foi prejudicado pela falta de um meia, pela impossibilidade de escalação dos novos contratados em razão da demora em suas regularizações e pela própria escassez técnica do elenco de que dispunha.

É preciso apoiá-lo, contudo, bem como o plantel, incluindo os novos contratados, por menos conhecidos que sejam. Dentro de campo, com tempo, é que, nas mãos de um treinador que saiba aproveitar suas potencialidades, poderão dar o melhor de si.

Muito embora Abad e seu grupelho não estimulem ninguém a sentir-se otimista para a temporada que se inicia, meu sentimento é de que podemos ter um time competitivo para, senão conquistarmos algum título, pelo menos brigarmos em lugares de destaque nas principais competições nacionais.

É apenas uma intuição fundada na esperança de que Fernando Diniz e seus comandados possam ressuscitar no Fluminense um espírito há muito tempo ausente das Laranjeiras: o do time de guerreiros. Mais do que nunca, contra a falência financeira, política e moral do clube, será preciso que esses atletas honrem suas camisas e deem ao Tricolor o melhor de si, só assim se resgatará a honra e a tradição vitoriosa do Fluminense Football Club.

Panorama Tricolor

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