Transpiração contra o Galo (por Felipe Fleury)

Se quiser ter alguma tranquilidade para se concentrar na competição sul-americana, o Fluminense não pode sequer pensar em perder pontos para o Atlético/MG, logo mais, no Maracanã.

Deve, sobretudo, ser um time muito diferente daquele que foi “engolido” pelo Flamengo na última rodada do Brasileirão, cuja frouxidão, o desleixo e a falta de vontade irritaram profundamente o torcedor Tricolor.

Não se deve esperar muito em estratégia, visão de jogo e acerto de escalação ou mexidas do fraco Marcelo Oliveira. Nem se deve esperar nada de extraordinário dessa equipe. O que se espera, e isso os jogadores são obrigados a dar, é dedicação extrema dentro de campo.

Se não for assim, imbuído da vontade de vencer, o Fluminense fatalmente deixará outros três importantíssimos pontos para trás, até porque o time mineiro é qualificado o suficiente para aproveitar eventual fraquejo Tricolor.

Mais próximo da zona de rebaixamento do que do grupo da Libertadores, nada ainda está definido, portanto é de bom alvitre que as barbas estejam de molho. Vencer em casa, que já era obrigação, torna-se tarefa imprescindível para garantir certa tranquilidade na sul-americana e, também, para se afastar da perigosa zona do descenso na competição nacional.

O retorno de Sornoza, após ter vestido a camisa da seleção equatoriana, deve ser recebido como uma boa notícia, em meio a tantas más. Se é um meia que vem rendendo bem menos do que já rendeu, de seus pés ainda há a esperança de que algo diferente possa ocorrer, uma jogada mais qualificada, algo que seus substitutos até agora não tiveram capacidade de fazer.

É pouco, mas é o que se tem. Vencer o Galo dependerá, assim, muito mais de vontade que de qualidade, muito mais de compromisso do que de estratégia de jogo de um treinador que, até agora, não definiu – e parece que não sabe como fazê-lo – a melhor forma de jogar do Fluminense.

Panorama Tricolor

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