Ganhar é maneiro, né? (por Paulo-Roberto Andel)

I

Diante de tudo que já se sabe e se discute diariamente a respeito do nosso Fluminense, não há como não ficar feliz com a vitória de ontem sobre o Corinthians. Ainda que tecnicamente esquálido, o adversário é multicampeão brasileiro e vencer um clássico interestadual é sempre importante para quem precisa pontuar, afastar-se dos riscos da ZR e seguir rumo a um fim de temporada razoável (sonhando com a Sul-Americana).

Depois do primeiro tempo vitorioso – mas insosso -, o Flu mereceu vencer no segundo tempo. Desperdiçou várias oportunidades e podia ter liquidado a fatura de uma vez. No fim, deu o placar absolutamente Fluminense: 1 a 0 bem humilde, colocando oxigênio nos pulmões tricolores e dando ânimo para o difícil compromisso diante do Cruzeiro, neste sábado à noite.

Os problemas são permanentes, mas ganhar é maneiro, né? Sempre.

II

Se o Corinthians ficou com dez homens em campo, foi por culpa única da irresponsabilidade de Romero. Agrediu, tem que rodar. Aliás, o Timão bate que é uma barbaridade…

III

É chato demais esse negócio de perseguir pessoas, mas não há como não falar: com maior ou menor intensidade, todos os jogos arbitrados por Ricardo Marques Ribeiro têm momentos de confusão e stress, seja pela postura dúbia do árbitro nas marcações, seja por conversar demais com os jogadores. Ontem não foi diferente. Pouca confusão, mas teve.

IV

Não matamos o jogo de vez porque nosso time tem claras limitações, mas parece razoável que, num campeonato nivelado por baixo e sem times com grande pujança técnica – inclusive a turma de cima -, quem jogar com aplicação, inteligência e regularidade possa viver o Brasileiro sem sustos. Longe de título, que deveria ser o permanente objetivo do Flu, mas é preciso encarar a realidade.

Uma vitória sobre o Cruzeiro é para se comemorar muito. Quem se lembra do sufoco na partida do primeiro turno?

V

Goste-se ou não do que pensa, concorde-se ou não, é muito difícil alguém associar a palava “covardia” a Antonio Gonzalez, um homem que sempre defendeu suas ideias no cara a cara e que, também goste-se ou não, já fez mais pelo Fluminense do que todas as nanocelebridades que o detestam.

Neste momento, Gonzalez é vítima de uma pantomima, uma farsa maquiada com ajuizamentos, naturalmente encomendada por conta das eleições tricolores de 2019…

Não é novidade: também sou vítima de uma, já muito falada aqui e, infelizmente, tramada dentro das dependências do clube em 2014.  Aliás, não é novidade nem no Brasil.

Só que nenhuma farsa dura para sempre.

O tempo dirá.

VI

Reiterando: neste domingo, a partir das 18:30h, estejam convidados ao lançamento de “Os trechos dos livros que ainda não foram escritos”, meu 24º livro entre títulos individuais e coautorias, além de ser meu 14º livro físico.

É um pocket book com tudo: tem poesia, drama, dor, amor, sexo, saudade, música, antifascismo, riso. O prefácio é do jornalista Marcelo Migliacccio.

Na ocasião, após o lançamento, vai rolar um showzaço às 20h: Tributo a John Coltrane, com o quinteto de jazz do consagrado baterista Roberto Rutigliano.

Quem quiser, pode comprar um combo com o livro e o ingresso para o show; Quem não quiser, pode adquirir separadamente.

De resto, meu eterno agradecimento ao Fluzão, que abriu as portas para a minha carreira literária, mesmo que involuntariamente. Vamos em frente, ainda há muito a fazer e escrever, pois.

Domingo, 26/08/2018

Audio Rebel: Rua Visconde Silva, 55 – Botafogo

A partir das 18:30h

LANÇAMENTO DO LIVRO – PRÉ VENDA E INGRESSOS