Guerreiros em ritmo de aventura (por Paulo Rocha)

A verdade é uma só: na vida, só de amadurece passando perrengues. Sem saber o que é o sufoco, não há como saber o que é o alívio, Superação é tudo. E chegou a hora do jovem time do Fluminense enfrentar um inóspito desafio.

Com os protestos dos bolivianos pelos royalties do gás (ah, que inveja da determinação deles!) a preparação tricolor para o duelo com o Nacional Potosí foi subitamente alterada. Graças, é bom dizer, à insensibilidade da Conmebol – o certo seria o adiamento da partida.

O time só chegará ao local do jogo horas antes do seu início. Mais cedo do que pretendia, mas é o jeito. O importante é que a delegação chegue em segurança. E retorne da mesma forma, seja com a classificação à próxima fase da Sul-Americana ou não.

Os leitores dessa coluna sabem que já critiquei duramente o Paulo Autuori. Não pela pessoa (é um cara muito bacana, já tive a oportunidade de entrevistá-lo mais de uma vez), mas pela função que ocupa. Contudo, desta vez, teve uma participação louvável neste episódio.

Autuori foi o porta-voz da preocupação tricolor e lembrou o terrível acidente da Chapecoense. O risco de uma tragédia semelhante foi uma hipótese levantada por ele. Mas a Conmebol, insensível, manteve o jogo. Se Deus quiser, tudo correrá bem.

Pois é nesta louca aventura que os jovens guerreiros do Fluminense tentarão provar, mais uma vez, o seu valor. A cada dificuldade superada, a cada obstáculo transposto, eles mostram serem dignos da camisa que vestem. Para nós, torcedores, é um motivo de imenso orgulho.

As rodadas iniciais do Campeonato Brasileiro mostraram que não somos a mosca morta que tentaram fazer a opinião pública acreditar. Vamos à altitude boliviana em busca da classificação. Afinal, somente guerreiros podem encarar desafios com altivez. E vencer.

Panorama Tricolor

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