A média final (por Felipe Fleury)

João Carlos, Dodi e Luan Peres. Foi o que deu para conseguir com o dinheiro que se tem, ou não se tem. O primeiro, visto rapidamente no último jogo contra o Corinthians, não me passou uma boa impressão. Pode ser preconceito em virtude das circunstâncias de sua contratação, empresariado pelo filho de Abel, vindo da Cabofriense, ganhando espaço no time com pouquíssimos dias de casa. Vou esperar mais para dar um parecer definitivo, embora bom jogador não precise de muito tempo para mostrar, pelo menos, sinais de que tem algum valor.

Os outros dois são incógnitas. Luan veio e foi o Reginaldo, portanto, tem que ser bem melhor que o grandalhão para ter valido a pena a negociação. Só o pé esquerdo não vale se não funcionar. Dodi teria vindo para ser uma opção ao Jadson, caso este desfalque a equipe. Não conheço o jogador, mas era realmente necessário pensar-se em alguém para cumprir a função de Jadson sem ter de recuar o Sornoza.

Pelo visto é o tipo de pacote que, se um dos contratados der certo, talvez já tenha valido a pena, porque não há expectativa de que sejam sequer a solução para compor com mais qualidade o elenco.

Assim, se o que veio não é lá essas coisas, é preciso manter o que se tem, que também não é lá essas coisas, mas, do jeito que dá, tem oferecido alguns momentos de bom futebol ao torcedor. O segundo tempo contra o Corinthians é prova disso. O Flu jogou melhor que o time paulistano e foi castigado com a derrota no fim. Um alento, mesmo perdendo o jogo.

Aliás, as derrotas para o Vasco, no carioca, e para o Corinthians, no brasileiro, revelam que o Fluminense, com o elenco que tem, precisa jogar o seu máximo a cada partida, mantendo-se 100% focado, 100% do tempo, para alcançar o resultado que pretende. E mesmo assim, não haverá garantia de que o consiga.

Portanto, se a concentração integral é fundamental, também o é obrigar-se a vencer muito mais do que venceu dentro de casa no ano passado. Não será fácil, mas muito mais complicado será levar esse time a ter sucesso na casa do adversário. Assim, o fator campo deve ser considerado desde o início da competição, já a partir do jogo contra o Cruzeiro, para que ao fim, se não comemorarmos nada, pelo menos não lamentemos o pior.

Vai ser assim por mais um ano, infelizmente. Temos Abel, um time de médio para fraco e uma gestão desastrosa. A média final tem que ser suficiente para passar de ano.

Longe do seu elenco dos sonhos, o tricolor assistirá mais uma vez ao seu Fluminense correr por fora, sem disputar o protagonismo da mais importante competição nacional graças à incompetência de seus gestores. Que isso sirva de lição ao próprio torcedor, que é sócio, e oriente seu voto na escolha de um futuro melhor para o Fluminense, quando for chamado às urnas novamente.

Panorama Tricolor

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#JuntosPeloFlu

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