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Nesta reta final de campeonato, é necessário um empenho redobrado. Sempre tem brigas por posições, sendo as mais desesperadas e disputadas geralmente ficando por conta das últimas posições. Nesta terrível disputa, enquanto alguns times vão sucumbindo ao destino, outros conseguem um sopro de vontade e se desgarram desta famigerada zona. O Coritiba é um deles. Não sei qual será a colocação do time paranaense no final do campeonato, mas está claro que eles vão lutar até o final. Foi este o adversário que o Fluminense enfrentou.
O fato exposto anteriormente poderia ser utilizado como velhas desculpas: “Enfrentamos um time empenhado”, “O Coritiba está em excelente fase”, “Estão há vários jogos sem perder” ou outras afirmações do tipo. Não! Este tipo de resposta não cabe a um gigante como o Fluminense. Pelo contrário, deveria servir como balizador da postura do time na partida. Não bastava contar com o fato consumado, que o resultado viria em algum momento, pois jogávamos em casa. O Fluminense teria que jogar bola, com empenho e qualidade.
Até que começamos bem. O time pressionou a saída de bola e ameaçava os paranaenses, mas sem muita efetividade. Os time abusaram dos cruzamentos na área, jogada responsável por todos os gols da partida. Logo no início, o Fluminense chegou a balançar as redes, mas de maneira irregular, após cruzamento de Henrique Dourado para Marco Júnior impedido em alguns milímetros, para infelicidade da torcida. Neste ritmo, o gol era questão de tempo. Acontece que o ritmo desandou.
A partir dos 20 minutos, o Coritiba foi tomando as rédeas da partida. O Fluminense se encolheu, perdeu o meio de campo e a pressão se inverteu. O adversário passou a atacar, levando vários lance de perigo para a meta de Cavalieri. Quando o primeiro tempo já estava se encaminhando para o fim, tomamos um gol de escanteio, após apagão geral da defesa. Falha grotesca, onde os jogadores acompanham a bola e se esquecem da movimentação do adversário. Terminamos a primeira etapa em desvantagem.
Começamos o segundo tempo buscando o gol, como era de se esperar. Como as falhas de defesa não são exclusividades de nosso time, conseguimos virar o jogo rapidamente no início do jogo. No primeiro gol, Henrique chuta após cobrança de escanteio e o zagueiro Cléber Reis faz contra, após tentativa de desvio. Dois minutos depois, em cruzamento após boa jogada de Lucas, até então muito vaiado, Dourado faz de cabeça. Era para aproveitar o momento e definir a partida. Não foi o que aconteceu.
O Fluminense voltou a jogar de forma desorganizada e não conseguia manter o domínio de bola. Com isto, houve um acirramento da disputa de bola, tipo de jogo mais favorável ao Coritiba, time com mais preparo físico e força. Não tardou para acontecer o empate, novamente depois de um escanteio. Redenção para Kleber Reis, que zerou o Karma com a torcida coritibana.
Abel até que tentou algumas mudanças. Wendel, Mateus Alessandro (por contusão de Lucas) e Welington Silva entraram no jogo, tornaram o esquema de jogo mais ofensivo, mas não foi o suficiente para desempatar. Uma vitória neste jogo seria ótima em vários aspectos. Praticamente tornaria nula as chances de … e nos colocaria, ainda que de maneira remota, na briga por uma vaga na Libertadores. Também daria a tranquilidade necessária para que fosse antecipado o planejamento do próximo ano.
Neste final de campeonato, pouco nos resta. Não creio que vá acontecer o pior, mas também não acredito que conseguiremos subir muito de posição na tabela. Não parece ser este o objetivo do time,nem é o que a torcida esperava. Por isso, muita coisa precisa ser mudada. Mas isto é assunto para quando as coisas estiverem consolidadas.
Por ora, teremos dois desafios hercúleos jogando fora de casa. Há quem diga que voltaremos com duas derrotas. Mas não estranhem se trouxermos alguns pontinhos na bagagem. Nada é impossível, em se tratando de Fluminense. Nos decepciona quando buscamos a glória e nos surpreende quando já contamos com o pior.
Panorama Tricolor
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Imagem: bit