No apito final do confronto com o Santos, no Pacaembu, o Fluminense completou sete partidas seguidas de invencibilidade fora do Rio de Janeiro no Brasileirão. Se contarmos a vitória em Quito pela Sul-Americana, temos oito.
No entanto, nessa conta entram cinco empates. Em duas dessas oportunidades, contra Bahia e Sport, saímos na frente e cedemos a igualdade. Contra o São Paulo, retiramos a desvantagem, num jogo onde, apesar de melhores, não vencemos por desgaste dos principais.
Nas vitórias contra Avaí e Coritiba, mostramos nossa superioridade contra tais adversários e vencemos sem dificuldades. Coisa que vários grandes sequer chegaram perto de conseguir.
Eis que passam os confrontos contra Ponte Preta e Santos e conseguimos um feito até então inédito para o Tricolor no campeonato: duas partidas seguidas sem sofrer gols. Será um indício de que a defesa está encontrando o caminho?
É o que todos esperamos. Paralelamente a isso, pode-se atribuir a instabilidade ofensiva a esse provável novo paradigma defensivo do Fluminense. Porém, justiça seja feita: com uns centímetros para um lado ou para outro, teríamos quatro pontos a mais nessas duas partidas fora de casa. Ficamos na trave.
Vamos torcer para que Douglas e Sornoza retornem em boa forma e Robinho e Richard se entrosem rapidamente com os novos companheiros.
Embora boa parte da torcida queira o resultado imediato, que, circunstancialmente, pode acontecer, o Fluminense tem um elenco em formação que está colocando a cara. Apesar de não estarmos tão bem em casa, temos um dos melhores desempenhos como visitante. Importante ter em mente que os resultados não são apenas para 2017, mas para o porvir.
Nosso elenco já mostrou muito potencial ofensivo. Acertando a defesa e, com o tempo, balanceando o poder de fogo, temos boas possibilidades no futuro, quem sabe neste ano, quem sabe em 2018.
Fato é que somos absolutamente privilegiados de contar com uma figura do quilate do Abel comandando o plantel, além de ser apaixonado pelo clube, o que multiplica o potencial de sucesso. Estamos em boas mãos. Com seriedade na gestão e blindagem do futebol, os frutos tendem a vir no campo. Vamos em frente.
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PS: Grata surpresa a contratação do ex-goleiro Leo Percovich para treinar a equipe sub-20. Primeiro, pelo currículo que acumulou com a licença UEFA Pro e com trabalhos em comissões técnicas pelo mundo, o que já o credencia para desenvolver sua metodologia com nossos jovens. Em segundo lugar, por ser mais um apaixonado pelo Flu. Importantíssimo passar isso pra garotada.
Como ele próprio já admitiu, não teve êxito esportivo, mas ganhou respeito. Honrou nossas cores numa época delicada. Resgato uma declaração dele ao portal GloboEsporte, em 2013, mais de uma década após deixar o clube e o país:
“Acompanho o Fluminense toda hora, cara. Sou tricolor, não tem jeito. É muito carinho, e deixei muitos amigos aí. Continuo acompanhando tudo”.
Pensando em futuro, quando o nosso querido Abelão sentir que é hora de passar o bastão – e que isso demore muito pra acontecer –, temos um candidato a sucessor bastante gabaritado. Vida longa a ambos no Fluzão!
Panorama Tricolor
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Imagem: lec