Vencer ou empatar, eis a questão. Questão? Não, mano!
Diante do bom time do Santos, trazer um ponto de São Paulo já seria um bom negócio em circunstâncias normais – é a opção de Abel por Leo (idolatrado pelo seu xará Leo Prazeres) indicava cuidados defensivos. Por outro lado, o Fluminense já empatou demais no campeonato e estava na hora da esperada decolagem na tabela.
Não foi no primeiro tempo, um tanto chocho. O Santos atacou mais, mas não deu nenhum susto grande, grandão. Chegou como podia, mas marcamos bem. O Flu teve uma ou outra estocada, os goleiros desceram limpinhos para o vestiário. Ôxo, zero a zero, justo pelo que mostraram. O penúltimo toque deu ruim para os dois lados. A bola foi mais nossa.
O abraçaço do time santista no Abelão é prova de que ainda tem gente legal nesse mundo de desilusão. A camisa tricolor à la Máquina é linda demais.
Importante dizer: tirando esse horário insosso de segunda-feira à noite, feito apenas para engordar a audiência de Galvão Bueno e sua trupe, que barato ter jogo no bom e velho Pacaembu, estádio raiz, de verdade. Se tivéssemos um igual no Rio de Janeiro, quase tudo se resolvia no futebol. Dia chato à parte, a turma prestigiou bem o jogo na arquibancada: mais de vinte mil.
Ninguém mexeu para a segunda etapa e os times voltaram para a peleja. Daí o Flu perdeu o gol mais incrível do ano, com Wendel acertando a trave de Vanderlei, depois de ter driblado o goleiro. Céus! É muita gente secando, só pode ser. Belo passe de Dourado. Depois da bola no poste, o Flu expandiu seus domínios para a intermediária santista, adiantando a marcação mas ainda sem finalizações perigosas. Durou quase vinte minutos. Aí o Peixe assustou numa bola por cobertura. Engraçada a mudança de paradigma: o Flu avançado e apostando sempre em Wellington na esquerda, o Santos explorando o contragolpe em casa.
Nos vinte minutos finais, o Santos voltou a atacar, o Fluminense combateu e deu o troco, o jogo ficou mais aberto mas a empolgação foi maior do que a técnica. Abel resolveu finalmente mexer, lançando MJ no lugar de WS. Depois, Robert versus Scarpa. E Pedro no lugar de Dourado. Troca de peças sem inovações na distribuição em campo. Júlio César deu um susto com o drible dentro da área. Ufa!
Fim de papo. Trouxemos um ponto, o Flu faz boa campanha como visitante, esteve mais perto da vitória com a bola na trave, a bola foi mais nossa, mas precisamos de vitórias. Voo adiado. Agora, uma semana para treinar e nova batalha, desta vez no Maracanã, contra o Galo de Fred, Rafa, Francis e companhia. É isso.
Panorama Tricolor
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Imagem: Curvelo