Atenção: esta é uma coluna cheia de ironias, embora baseada em fatos super reais. Recomendo moderação em sua leitura. E, se possível, uma correta interpretação de texto.
Na primeira década do último século do milênio passado nasceu, de dentro do Fluminense, o maior clube do mundo. Os torcedores dessa potência mundial que todos conhecemos são alvo de ironias de todas as outras torcidas. Favelados, megalômanos, vaidosos, donos da maior empáfia do mundo.
Todos os outros, torcedores dos demais clubes, pejorativamente chamados por eles de “torcida arco-íris”, somos seres elevados. Cada uma delas se gaba de suas vantagens sobre as demais. A mais popular, a mais culta, a mais educada, a mais bonita…
É uma descoberta chocante para muitos o que pra outros não é novidade: Esses torcedores escrotos (perdão!) que sacaneamos no Flamengo existem no Fluminense, no Vasco, no Botafogo, no Santo André e no San Lorenzo de Almagro. Em qualquer clube. Basta olhar com atenção e você verá, vestindo as suas cores, um bando de sanguessugas, interesseiros, carreiristas e arrivistas querendo, de qualquer maneira, arrumar uma boquinha ou uma forma de se aproveitar do clube. Status. Poder. Holofotes.
Um exemplo? Quem já viu algum jogo do Vasco, em São Januário, na TV já deve ter tido o desprazer de ver o “homem piruca” (com I mesmo, acreditem), cidadão horroroso com uma peruca rasta e uma bocarra que se planta na frente da câmera e faz questão de aparecer em cada gol do Vasco. Paixão pura? Pode ter sido um dia. O distinto será candidato a vereador. Reparem, eu não conheço o cara e não sei se é boa gente ou não. Mas é fato que o (a) personagem, que vai se candidatar a um cargo de representante do povo, só existe às custas do Vasco.
Candidatos anteriores com plataformas idênticas: Eurico Miranda e Roberto Dinamite.
Dois anos atrás, a eleição do Vasco transcorria embolada com a eleição presidencial, exatamente como a do Fluminense rola hoje em meio ao impeachment e as futuras eleições municipais. Faltando dois meses para o pleito (que acabaria adiado por duas vezes), a oposição se descabelava – com razão – porque não tinha acesso à base de eleitores do clube. Foi à Justiça buscar seus direitos. Durante a campanha, sócios do clube foram agredidos fisicamente dentro do clube por suas posturas de oposição ao estado vigente. Já viram esse filme antes? Pois é…
Você certamente tem algum (muito mais de um certamente…) conhecido que respira Fluminense, mas que você – que não é idiota – vê que só está ali por fatores alheios ao amor. Que por trás de um enorme desejo de ajudar o clube que tanto ama, tem é um enorme desejo de autopromoção às custas dos holofotes das Laranjeiras. Vaidade, soberba, inveja e outros.
Os grupos vascaínos do facebook estão lotados desses seres. Infelizmente não é exclusividade do Vasco. Os mesmos aproveitadores, as mesmas carpideiras, os mesmos ignorantes. É tudo infelizmente igualzinho. Só muda a camisa do clube.
Quanto menos gente desse tipo estiver rondando nossos times, melhor para o futebol. Portanto, avaliem bem o cenário e ao ouvirem alguém falar sobre o Fluminense, tentem abstrair um pouquinho o conteúdo que está sendo passado – quase sempre maravilhoso – e tentem responder se o cidadão em questão está ali para servir o Fluminense ou a si.
Eu sei que é muito difícil. Ver de fora ajuda.
“Ratos e urubus, larguem a minha fantasia.
Reluziu… É ouro ou lata
Formou a grande confusão
Qual areia na farofa
É o luxo e a pobreza
No meu mundo de ilusão
Xepa de lá pra cá xepei
Sou na vida um mendigo
da folia eu sou rei
Sai do lixo a pobreza
Euforia que consome
Se ficar o rato pega
Se cair urubu come
Vibra meu povo
Embala o corpo
A loucura é geral
Larguem minha fantasia
Que agonia… Deixem-me
Mostrar meu carnaval”
Panorama Tricolor
@PanoramaTri
Imagem: jac