Com euforia, o Fluminense comemorava a contratação de seu novo supervisor, Ernesto Santos, em 14 de abril de 1971.
Ernesto, português, tinha sido zagueiro do clube entre os anos de 1933 e 1939 – uma época onde o Tricolor mandou e desmandou no futebol brasileiro. Defendeu o Fluminense em 104 jogos, 99 deles como titular. Depois, havia trabalhado no Flu em 1950, quando foi responsável pela contratação do treinador Zezé Moreira, campeão mundial de 1952.
A grande expectativa era o jogo contra o Botafogo, no domingo seguinte, pelo segundo turno do Campeonato Carioca daquele ano. Além disso, outra notícia era a divergência salarial na renovação do contrato de Cafuringa.
No domingo, o Tricolor perderia o Clássico Vovô por 1 a 0, gol de Paulo Cézar Caju cobrando pênalti, diante de 99.991 torcedores. Mas quem ri por último ri melhor: pouco mais de dois meses depois, em 27 de junho, o Fluminense seria o grande campeão do Rio de 1971, vencendo o Alvinegro por 1 a 0.
Fluminense: Félix; Oliveira, Galhardo, Assis e Marco Antônio; Silveira e Didi (Flávio); Wilton (Cafuringa), Cláudio Garcia, Ivair e Lula. Técnico: Zagallo.
Botafogo: Ubirajara Mota; Carlos Alberto Torres (Mura), Brito, Osmar e Paulo Henrique; Nei Conceição e Carlos Roberto; Zequinha (Paraguaio), Nilson Dias, Careca e Paulo César Lima. Técnico: Egídio Landolfi “Paraguaio”
Gol: Lula, aos 43 minutos do segundo tempo
Árbitro: José Marçal Filho
Cartão vermelho: Carlos Roberto (Botafogo)
Renda: CR$ 1.101.128,00 – Público: 142.339 pagantes
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