“New blood”: os caminhos tricolores (por Paulo-Roberto Andel)

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Jogo simples, resolvido logo no começo e o Fluminense deu mais um bom passo no Carioca. Mais do que a vitória em si e mesmo certa fragilidade do Boavista, recheado de veteraníssimos, o importante é ver new blood dentro da belíssima camisa branca do Fluminense – e é bom que se diga, já que eu e tantos outros tricolores temíamos pela troca da fabricante por ser nova no pedaço brasileiro: meus sinceros parabéns! Da gosto ver o Flu adentrando o gramado com uniformes tão bonitos. Uma pena que tudo dependa da grana: fosse eu um bilionário, pagaria por dez anos pelas camisas limpas, sem patrocínio. Na vida real é impossível, então que venha logo um master.

O fundamental na chegada de Levir parece ser a retomada do profissionalismo tricolor dentro do campo e à beira dele. Onze em campo, a equipe absolutamente coletiva e solidária – até Gerson corre. Quando era zagueiro, o treinador não afinava; pelo visto, mantém integralmente a postura como comandante, carregando os títulos que tem na cachola. A história do Flu sempre apontou para times solidários, de conjuntos fortes – até mesmo quando tinha uma Seleção Brasileira inteira no campo, a Máquina (isso quando a Seleção também valia a pena e nela não jogava qualquer Zé Mané).

Entretanto, é preciso ter cuidado com a quantidade de jogadores veteranos na escalação tricolor mais à frente – principalmente no Brasileiro, onde equipes de menor porte abusam da correria quando são mandantes. Mas isso fica para depois: vamos viver o momento e ele tem sido promissor para o nosso time. Depois de anos de brilharecos pontuais, a impressão de agora é que pode ser engatada uma bela sequência, não apenas pela invencibilidade, mas também pela dedicação que há muito não se via.

Espero que a contusão de Osvaldo não atrapalhe. Teve uma semana de glórias. É um jogador bastante rápido, compensando certa dificuldade em ver o jogo. O goleiro colaborou, mas isso não tira o mérito do primeiro gol. E o Luiz Alberto, que não tem nada a ver com o nosso escritor Couceiro, hein? E o Cícero, que a turminha tanto persegue? Sem politicagem, por favor.

O Flu foi melhor de novo. Bons ventos sopram nas imediações do gramado centenário. Ainda é cedo para qualquer arroubo, mas aquela velha promessa no coração vota a bater: com erros, acertos, problemas e soluções, o Fluminense ruge. Que a final da Liga e a classificação no Carioca sirvam para desbravar os caminhos da vitória.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @pauloandel

Imagem: pra/pgabriel

peter gabriel new blood

 

3 Comments

  1. Apesar de uma certa fragilidade, o Boavista deu um trabalho danado pro time dos padeiros.
    Então, vamos combinar que o Flu fez ficar fácil qd fez o 1º gol logo no início do jogo.
    E que passe do Frederico, aquilo não foi cruzamento, se Ele estivesse na área…sei não.

    ST

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