Modern Times (por Paulo-Roberto Andel)

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Pelo segundo mês de abril consecutivo, estamos sob insegurança. Ano passado, a pancada do Horizonte serviu para trocar o comando. Cristóvão veio, começou muito bem, o resto desandou depois.

Em 2013 ainda havia a esperança de recuperação do time do tetra brasileiro. Abel (quase) firme.

No futebol as coisas passam rápido. Tudo num estalar de dedos. E aí estamos para um jogo decisivo em termos de… classificação às semifinais do Carioca 2015. É o que temos e vamos encarar.

O leitor não deve encarar como deboche a afirmação de que Botafogo versus Madureira foi um dos melhores jogos do ano. Logo, não se espera nada fácil nesta noite. Sem Fred, com a incógnita de Walter e ainda sem o dedo de Drub (respeitosamente), o Fluminense vai precisar se reinventar hoje à noite para a decisão da vaga. Não pensemos em arbitragem equivocada, senão vira desespero.

Por outro lado… pelamordedeux: como temer o Madureira? O carrossel suburbano merece respeito mas não temor. Nessas horas é que um time deve mostrar porque é chamado de grande. O Fluminense tem que se impor, seja qual for a escalação em campo.

Em meus tempos de criança, lembro de um jogo no fim dos anos 70, talvez 1978. Não decidia nada. Logo liguei o velho Telefunken do meu pai com telão verde. Logo fizemos 4 x 0, o Edson Mauro narrava, o Madura agonizava. Eu era um garoto feliz naquele tempo de entressafra da Máquina até o jovem e fabuloso time dos anos 80. Tempos de luta mas de tricolores irmãos entre si, sem o fascismo hipócrita, odioso e destrutivo dos modern times, falseado sob charlatanismo intelectual. O Flu comia os times pequenos com azeite. Viver o grande amor feito criança na acepção da palavra.

Deixem isso para lá. Logo mais é vencer ou vencer. Se não acontecer, teremos um outono em gris, se me entendem. Boa sorte para todos nós, até mesmo para os idiotas do divisionismo. Eu também sou um idiota: acredito no sucesso do time a qualquer custo, procurando aquele velho Telefunken que já não existe mais.

Em tempo: Modern Times foi o título de um grande disco de Bob Dylan em 2006, onde o bardo ironizava a sociedade moderna de consumo, o individualismo e a violência. E também uma alusão ao filme de Charles Chaplin. O poeta, ao contrário de seus detratores, sabia tudo e era um visionário. Ainda o é. Tomara que os versos de Dylan influenciem o Fluminense logo mais e no futuro breve. Mesmo.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @pauloandel

Imagem: bd/mt

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