“O Fluminense nasceu com a vocação da eternidade. Tudo pode passar, só o Tricolor não passará jamais” (Nelson Rodrigues)
Quando nove dos melhores jogadores do Fluminense em 1911 deixaram o clube e foram pedir abrigo no clube de remo da Gávea, muitos à época acharam que o Tricolor sentiria o baque e que naufragaria no primeiro Fla-Flu. Eis que todos estavam redondamente enganados. O Flu venceu o primeiro Fla-Flu da história, contrariando o senso comum.
Em 1971, todos já davam o Botafogo como campeão estadual rodadas antes do fim da competição. Teve jogador alvinegro que até posara com faixa de campeão antes do Clássico Vovô final. Sim, o time deles era uma máquina. Mas…
Em 1995, o clube de remo – com dinheiro jorrando como um poço de petróleo da Arábia Saudita – traz o melhor jogador do mundo à época para formar um supertime no ano do seu centenário. Favas contadas o título da Gávea. Porém, esqueceram do Fluminense e seu time de operários com seis meses de salários atrasados. Uma barriga acabou com a alegria deles.
Depois fomos ao fundo do poço. O maior de todos que qualquer um dos 12 times grandes do Brasil possa ter passado: a série C! E voltamos, não perdemos o nosso gigantismo. Ao contrário: ele aumentou.
Em 2009, onze rodadas antes do fim do Campeonato Brasileiro, as redações e rivais já nos davam como rebaixados à série B. Esqueceram de um detalhe: quem estava ali era o Fluminense e sua torcida que, quando se unem (e isso aconteceu no jogo contra o Atlético Mineiro no Maracanã), são quase imbatíveis.
Ontem foi anunciado o fim do patrocínio a Unimed que já durava 15 anos. Um patrocínio sempre controverso, sempre questionado, idolatrado por uns, detestado por outros, mas um patrocínio de longa data. Eu mesmo já fui defensor ferrenho do patrocínio e de 2013 para cá, mudei meu posicionamento. Ali naquele segundo semestre do ano passado percebi que a parceria acabara. Que o Fluminense precisaria o quanto antes caminhar com as próprias pernas e deixar de ser refém de quem quer que fosse.
Houve muitas coisas boas no patrocínio. Craques vestiram a camisa do Flu graças a ele. Pra mim os maiores símbolos destes foram Conca e Deco. Sem a Unimed, não seria possível a vinda destes dois monstros no meio de campo. Tiveram três títulos nacionais, embora a Copa do Brasil tenha sido mais por uma estruturação interna, infelizmente temporária, do que pela Unimed propriamente dita. Mas 2010 e 2012 são na conta da Unimed, sim. Neste segundo ano, vivi um momento mágico além do título: fui a La Bombonera ver aquela exibição de gala e vitória.
Sim, teve também a Libertadores de 2008, uma das maiores injustiças do futebol mundial. Por isso tudo agradeço ao Celso Barros. Não há porque injustiçá-lo num momento como esse. Mas também não é deus. Fez muita cagada também. Um tubo de dinheiro em jogadores e treinadores que não renderam, que não trouxeram conquistas para o clube: Romário, Edmundo, Ramon, Petkovic, Evando, Pedrinho, Rissut, Vanderlei Luxemburgo e tantos outros que minha memória não me ajuda a lembrar agora. Muito mais de meio bilhão foi gasto nesse tempo todo, sem que o dinheiro fosse usado para a reestruturação do clube.
E não nos esqueçamos que com ela disputamos cinco rebaixamentos e fomos rebaixados em 2013 com o departamento de futebol entregue a ela.
Mas não é hora para balanço. Nem para conclusões precipitadas, até porque não sabemos ainda a contrapartida. O fato é que a Unimed está mal financeiramente e, não sei porque, isso não veio à tona ainda. O fato é que ela não é mais a patrocinadora do Fluminense. O fato é que tem contratos altos com jogadores até 2016 (um até 2017). Todo o resto é especulação.
Não estou triste, nem feliz. Não sou torcedor da Unimed. Particularmente quero que todos os planos de saúde se explodam e que tenhamos um sistema de saúde público decente e que não precisemos de empresas que tratem a saúde como mercadoria. Estou é preocupado com a substituição que espero e confio que os que estão no comando do clube tenham preparado, pois já sabiam que o fim do patrocínio estava próximo.
Tudo na vida acaba. A vida acaba. Para uma geração de tricolores que só viu o time com o patrocínio da Unimed, é natural o receio. Experiências de administrações pré-Unimed foram terríveis para o Fluminense. É natural o medo. É como o usuário que usou droga por muito tempo e agora resolveu sair dela. Demora até estar puro de novo.
Eis a hora de união no clube. União da torcida. Uma entrada massiva no programa de sócio-futebol seria excelente. Um abraço ao clube com presença em massa nos jogos em 2015 independente do time que entrar em campo também. Há quem só vá atirar pedras agora. Acho precipitado.
Nas crises sempre abrem-se oportunidades (e também oportunismos). Mas saberemos separar o joio do trigo. Então, que se aproveite a oportunidade.
O Fluminense não acabou e não acabará.
Apenas a Unimed não existirá mais na camisa do Fluminense.
Azar da Unimed.
Salve o Fluminense!
Viva a eternidade!
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @mvinicaldeira
Caramba, a gente acha que só tem tricolor inteligente na face da Terra, até aparecer um desses e escrever as abobrinhas que escreveu, como se não existisse Fluminense antes da Unimed.
Quero também que a Unimed se exploda.
O Flu é eterno e é o que importa. Vamos abraça-lo e apoia-lo e conseguiremos juntos passar por mais essa!
ST!
Eu não estou feliz nem triste. Apenas a certeza de que o patrocinio não cumpriria mais o seu papel de um Fluminense forte.
Vcs estão satisfeitos um presidente mentiroso e um time mediocre, já vejo o time da estreia Klever, Igor Julião G. Mattis Heliveltom Chiquinho Willian Edson Mateus Carvalho Kenedi Michael e Lero Lero, q merda ein mas vcs do panorama vão ficar radiantes com a molecada correndo e a torcida passando vergonha, parabéns vcs conseguiram, seremos um novo América ou Bangu rapidinho para alegria d vcs da flusócio e desse presidente d merda parabens vcs venceram
Ok, Maria Unimed.