A gente costuma dizer que superstição é coisa de botafoguense (por acaso, nossos adversários no sábado). A tal cisma do Zagallo com o número 13 é uma grande prova disso. Mas, convenhamos, todo apaixonado por futebol tem cacoete de supersticioso. Tanto as coisas negativas como “o time perdeu porque não fui ao estádio” ou “levamos o gol porque troquei de canal” quanto as positivas como “levamos o tetra porque eu estava lá” ou “deu certo porque eu estava com a minha cueca da sorte” fazem parte, em algum momento, dessa vida de torcedor.
Pois é, este é um momento que eu preciso me encaixar nessa história. Todas as vezes que escrevi que poderíamos terminar a rodada em terceiro, no lugar de subir, caímos na tabela. Também, quer saber? Não escrevo mais. Lembro também que há duas semanas aproximadamente, disse na Rádio Panorama Tricolor / Canal Fluminense que o nosso time era um grande “fdp”, pois, justamente quando quase ninguém esperava alguma briga pelo topo, engatamos uma sequência de vitórias. Eu deveria ter ficado calado, afinal, logo depois o time foi ainda mais “fdp”, transformando a esperança readquirida em decepção.
Para ser sincero, não me considero um cara supersticioso, mas diante disso, me sinto forçado a lembrar do célebre dito popular castelhano: ‘no creo en brujas, pero que las hay, las hay’
Os que voltam e os que estão de saída
Em algum momento teríamos de receber boas notícias. Edson e Marlon estão de volta. O primeiro por ter cumprido suas suspensão e o segundo por voltar a ter condições físicas de jogo, ao menos é o que afirmou nosso preparador físico. Sem dúvida, o volante já conquistou sua titularidade no Fluminense. Claro, nem sempre joga um futebol primoroso, mas mostra garra, tempo de bola, visão de jogo não se omite nas jogadas e ainda aparece no ataque para marcar gols. Já nossa cria de Xerém trouxe uma qualidade há tempos não vista na zaga tricolor. A dupla tem que ser ele mais um. Nosso caso, o “mais um” é o Guilherme Mattis. Fico muito feliz com o retorno do Gum e também com o do Henrique, mas, para mim, são os jovens em campo e os veteranos no banco.
No que me consta, Carlinhos e Diguinho deram um ponto final à suas vidas nas Laranjeiras. Muito obrigado pelos serviços prestados, pelos campeonatos e demais momentos de alegria. O lateral esquerdo praticamente “grita” a cada lance sua vontade de ir embora. O volante simplesmente não tem mais a mínima condição de fazer parte do elenco. Teve seus bons momentos, é verdade, mas hoje ficou até difícil lembrar-se deles. Diz a imprensa que pode voltar ao Botafogo. Se possível, que seja feliz por lá então.
E o Bruno? O Bruno coitado… Sinto pena dele. Como bem diz meu amigo e companheiro de Panorama, Walace Cestari: “ele não tem culpa de ser ruim. Sem ele em campo, quem xingaríamos?” Verdade que foi vítima de uma entrada criminosa, praticamente incitada por uma arbitragem conivente, pra não dizer mal-intencionada. Que se recupere bem, mas que só volte depois de encontrarmos um titular pra lateral direita.
ST!
Panorama Tricolor
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