Raios. Raios duplos. Raios triplos. Eis a questão. Perca dez gols, tome dois. Perca a partida dominando o fim do jogo com um homem a menos em campo. Terceira derrota do Fluminense no Brasileiro, desta vez a menos imerecida.
O pessoal do Atlético, em faniquitos desde 2012, botou correria na partida desde o começo em Ipatinga com bom público, num jogo mascado e entre intermediárias, com poucas finalizações. Depois o Flu adiantou um pouco mais o time, equilibrou o jogo e virou o domínio, só que chutava pouco. Bolas aéreas sem referência: Walter se movimentando e Sobis mais afastado. Uma boa cabeçada. Empate justo no primeiro tempo, os dois acertando e errando iguais. Demos certo espaço na marcação, mas nada que comprometesse.
Segundo tempo, resultados favoráveis no entorno, nós à espera do velho Fluminense de guerra. Mas veio o cruzamento de primeira da esquerda, Felipe deu passinho de Ricardo Pinto, perdeu o tempo de saída, rebateu na frente e o Atlético marcou. A resposta com um, dois, três gols perdidos, demais para um clássico. Bobeada dos defensores, cruzamento e Fernando Henrique Jr. no gol, 2 x 0. Vão dizer que é cornetagem e dane-se: esse rapaz pode ter até talento; só precisa encontrá-lo. Klever não pode ser banco na ausência de Cavalieri. Se os goleiros fossem invertidos no jogo de ontem, mesmo com alguns tropeços da nossa defesa, teríamos saído com a vitória, mas claro que isso é uma brincadeira tal como a escalação do Felipe. Fernando Henrique encontrou um goleiro à sua altura, se é que me faço entender.
Depois, um caminhão de gols perdidos: Kenedy de canela ou cabeceando de olhos fechados, chutaço de Carlinhos no ângulo, balaço de Conca no travessão. Quem não faz, leva. Não era dia. Atacamos, tentamos, marcamos mal. Chiquinho ruim. Marlon não pode se deslumbrar.
Consolos. Ouvir de perto o herói Mazella narrando, pense em Miles Smiles à sua frente. Os rapazes da Rádio disseram coisas impublicáveis em off. Menos mal que os outros resultados foram favoráveis. Todo mundo na briga, o Flu colado no Cruzeiro. Então o jogo contra o Inter dobrou de importância em Macaé. É para lá que eu vou. Cícero vem para depois da Copa, a torcida gostou, nada de deslumbramentos estrambóticos com a patrocinadora, exceto para quem tem o rabo preso. Ou solto.
Velhos amores falecidos, novos amores à vista, eu e meus amigos fiéis, as garotas lindas, a estrada é sempre a mesma. Quem chorava agora ri muito. E esse Fluminense que empolga até quando perde, mesmo mostrando suas cicatrizes e varizes? Estamos de volta. Perder é chato mas humaniza e tira espaço dos parlapatões. É isso.
Ou não. Nenhum velho amor falecido, ora. Sonho com a caravana jamais feita.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @pauloandel
Imagem: pra
Não se pode perder tantas chances impunemente. Mesmo com um jogador a menor jogamos melhor e pra cima todo o tempo. Falha do goleiro e desatenção da zaga, mas se converte as oportunidades a coisa fica mais favorável. Duas derrotas e dois goleiros adversários saem consagrados de campo. Se o esquema era muito chuveirinho, o Michael tinha que começar jogando, de preferência em cima do ed carlos.
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