Fluminense 4 x 1 Boavista (por Paulo-Roberto Andel)

IMG_20140215_231813E então o time do Fluminense pôde se reencontrar com a sua linda torcida, alijada do Fla-Flu pelos podres poderes e o medo de um mosaico.

Jogo do Carioca tem quatro quartos, dada a parada técnica – a não ser que seja o da TV aberta, sempre em suspiros mais-queridos pela mais absoluta coincidência.

Eis o primeiro: jogo mais lento, Boavista bem plantado, esperto, o Flu sem muitos espaços e nenhuma finalização de grande relevância, mas alguns perigos e com domínio.

Quase Conca marca no pós-refresco, aproveitando cruzamento da esquerda. Não aproveitou, a conta veio cara: na bobeira de Jean no meio deu cruzamento e gol de Gilcimar de cabeça, livre, sem chance para Cavalieri.

Começou o abafa tricolor de vez, um chute, dois chutes, escanteio e o pênalti marcado em cima pelo árbitro FLH. Logicamente, Fred seria o cobrador. Deu a paradinha, tirou tudo do goleiro, a bola explodiu no poste esquerdo. Rapidamente o céu escureceu, tudo virou o caos para os de sempre e custou alguns minutos até que a paz reinasse. Uma turma queria Walter.

Conca é rei. Um gol de cabeça no estilo matador, um drible sensacional no meio, os exaltados se acalmaram para o intervalo.

Na volta – ou terceiro quarto para os moderninhos, os mesmos que inventaram a assistência no lugar do passe – logo uma bola na trave e duas lindas finalizações de Fred, com aplausos: bela cabeçada por cima e um voleio daqueles que irritam la FlaPre$$. Para fora, mas genial. Um belo arremate.

Carlinhos, em mais um lance de muita disposição, acertou lindo corte na área. A bola ficou com Sobis – e ninguém tem lutado tanto pela camisa do Flu desde o ano passado quanto ele. Chute seco, preciso, canto direito e a merecida virada, bem no fim do terceiro quarto. Flu na frente com 2 x 1 e pausa rápida para a água.

Mais Carlinhos tomando porrada firme na esquerda. Conca na falta, quase Gum estraçalha de cabeça. Quando ele errava atrás, lá vinha o Elivelton com tudo na sobra. Ou o Valencia. Bruno é Bruno.

Sobis, merecidamente aplaudido na substituição, vindo Walter e a torcida ainda em delírio pelo Fla-Flu.

O Boavista ameaçou: uma falta perigosíssima na marca do pênalti, à la Gum. Cavalieri voou feito águia do Atlântico Sul e fez um defesaço. Depois, um balaço no travessão que mal suspiramos, Gilcimar novamente. Os Panoramas cochichavam atentos aos lances.

Walter, sempre ele, sempre a estrela: bate-rebate na área, bola limpinha, cabeceou tranquilo e correu para a alegria. Três pontos consolidados com os 3 x1. A seguir, Fred e Conca saíram ovacionados. Chiquinho e Wagner em campo. O primeiro acertou uma bomba à esquerda da meta, pertinho.

Acabou? Coisa alguma. Lindo lance de Carlinhos, bola cruzada na área, a fome de gol não perdoa: Walter bate com uma classe, uma classe… batida seca, reta, canto esquerdo, 4 x 1. Tristeza nas redações em pleno sábado à noite. Maldito Fluminense que subverte a ordem, desafia definições e não é derrubado nem pelos piores coros jornalísticos. Desagradável Fluminense que invade versos de hinos, povoa os pesadelos centenários.

Os 17 mil maníacos. Cerca de 2 mil garotas lindas. Fantasmas de 2013? O Flu é líder, ora! Tanto faz que seja o Carioca. Dianteira é para quem merece.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @pauloandel

Imagem: PRA

 

3 Comments

  1. Quase perfeito, pois errou no quarto gol, já que a assistência foi do Vagner, após passe do Chiquinho. ST

  2. O efeito Conca:
    os atacantes começam a receber “passes” e não apenas chuveirinhos na área.
    Carlinhos que é uma das principais peças do ataque tricolor, não precisa mais correr atrás de bolas perdidas. Recebe no pé.
    Jean tem com quem tabelar e passa a jogar para a frente, o que não ocorreu no ano passado.
    Diguinho sobe de produção porque Conca favorece seu estilo de acelerar e verticalizar o jogo.
    Vai ser mais um grande ano!

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