Joseph Goebbels, ministro da propaganda do regime nazista alemão, declarou certa vez que “uma mentira repetida mil vezes torna-se uma verdade”. Mais que nunca, a imprensa brasileira tem-se esforçado para fazer valer a máxima germânica nas terras tupiniquins. De ataques políticos a manipulações de números e pesquisas, passando por manchetes e termos que servem a um claro propósito político, nossa mídia elege seus heróis e vilões. Esqueça-se dos fatos. Vendam-se as versões.
As massas nas ruas clamaram há alguns meses por ética, por honestidade, pelo fim da corrupção. De vândalos a manifestantes. De pacíficos a violentos, a mídia retratou os protestos ao vento de suas análises de momento. Não é diferente no esporte. Incorporada do discurso dos princípios morais constituintes da sociedade, manipula covardemente os fatos e arremessa violentamente suas pedras. Querem transformar o Fluminense na Geni do desporto nacional.
Multiplicam-se os discursos de tapetão. Cobram-nos uma dívida que, em verdade, nunca foi nossa. E tudo isso em nome da ética. Uma ética míope, clubística e que nada tem moral. Por que não cobrar a punição de Atlético Paranaense e Corinthians, responsáveis pelo imbróglio de 1996? Por que não cobrar a série B do Botafogo, que arrancou pontos de um jogo que perdera por 6 x 1, dando origem à natimorta João Havelange em 2000?
Por que não se quer ética. Não se quer moralidade, quer-se a pedra na Geni. O julgamento da mídia já aconteceu. E fomos eleitos culpados. Seja por ganhar, seja por perder. Ninguém quer julgar as papeletas amarelas da década de oitenta, ninguém quer julgar a formação do módulo verde da Copa União de 1987, o caso Wendell de 2002 ou tantos outros. Todas as linhas são contra as três cores.
Pouco importa se, em 2010, em um jogo contra o mais querido da mídia, a escalação do zagueiro Paulão, do Grêmio Prudente, tenha custado ao clube do interior três pontos, em caso idêntico aos que hoje se apresentam. Ou os seis pontos perdidos (depois recuperados) pelo Coritiba em 2005 pela escalação irregular do volante Ataliba. Sim, inúmeras vezes a mesma situação ocorreu e há uma clara jurisprudência. Onde está a virada de mesa? Quer dizer que neste ano, a ética diz para não se cumprir o regulamento da forma como vem sendo feito há quase uma década?
Já ouvi a tese da ausência de má-fé, do pouco ganho que os clubes tiveram com as escalações irregulares. Quer dizer que se qualquer um de nós cometer um crime sem saber, de boa-fé, sem dolo, não haverá pena? Será que o desconhecimento da lei vale como desculpa para não cumpri-la? Até isso é estranho, já que os jornais já davam como desfalque o jogador suspenso: http://migre.me/gZoXc
As balelas e discursos vazios não cessam. Não há conversa em que não se escute o argumento “futebol se decide no campo”. Quer dizer então que vale tudo dentro das quatro linhas? Então, quando houver um jogador suspenso o Flu pode colocá-lo para atuar, vencer a partida e ficar imune à perda de pontos, já que os conquistou no campo?
A hipocrisia reina nos periódicos e é repetida à exaustão pelos acéfalos que consomem informação sem qualquer filtragem neuronial. Vão nos achincalhar, vão nos acusar, vão buscar de tudo para nos diminuir em nossa grandeza. Não aceitaremos calados essa imposição de culpa, esse julgamento moral que nos condena injustamente. Não seremos o fraco e entregue time de 1997. Somos gigantes. Seremos sempre, independentemente de divisão. E eles vão ter de nos engolir. Mais uma vez. Maldita Geni.
Panorama Tricolor
Fluminense de verdade
@PanoramaTri @wcestari
Imagem: blogs.diariodepernambuco.com.br
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Conforme comentei no artigo do xará , Andel!
A intimidação pré-julgamento se assemelha a do voto do Celso de Mello.
O Flu está para o futebol, como o PT para a política.
Oxalá os dirigentes do FFC tenham cabeça para aproveitar a situação de desespero do TIGRE[Torcedores da Imprensa Golpista, Recalcada e Enciumada].