Mais do mesmo. Não é fácil começar sempre atrás no marcador, tal como tem sido para o Fluminense neste campeonato brasileiro. E o problema se repetiu. Claro, o Cruzeiro não é líder na tabela e virtual campeão à toa. Dura demais a sensação de ver o time no estrangeiro em relação ao Maracanã – a frieza da TV, a aura enigmática do velho radinho de pilha.
Logo de cara, 1 x 0 Cruzeiro, Borges marcou depois da escapada de Ricardo Goulart. Wagner saiu machucado para dar vez a Felipe – ordem natural das coisas, virou um certo 4-3-2-1. A defesa? O de sempre. Tivemos até alguma posse de bola, mas o crônico problema da criação persiste. Mesmo assim, Sobis e Samuel – este, inacreditável – para os mais velhos, a versão pioradíssima de Sílvio 1989 – perderam claras chances de gol.
Alguns poucos bons contra-ataques, mas nada para uma reação eficaz. E erros, erros e mais erros de passes. E faltas, faltas. No fim, um sarrafo em cima do Rafinha, Sobis cobrou para fora. Não é que o Cruzeiro brilhasse – e nem precisava; o Fluminense tropeçava nas próprias pernas. A esperança de sempre no intervalo? O sacode de Vanderlei nos jogadores. Saldo muito ruim na primeira etapa. No Rio, chuva, dor e desamor. Em Minas, torpor e necessidade de reação.
O garoto Ailton não foi bem como na partida de sábado. Veio Igor Julião para o segundo tempo. Pelo menos uma falta, Jean chutou quase perto duas vezes: uma falta e uma finalização prensada. Seria um bom recomeço? Em resposta, quase o Cruzeiro aumenta depois de uma cabeçada num escanteio. Jean de novo e nada. Outra falha ridícula da defesa, Ricardo Goulart jogou o 2 x 0 fora – por cima. Sobis, leão, lutando pelas pontas, ficando longe da área e Samuel em berço esplêndido de nada.
Senhor do campeonato, do jogo e tranquilo, o Cruzeiro até ofereceu espaços onde, em nosso avançar, explorariam o contragolpe. Tivemos outra grande chance com… Samuel, Fábio voou e fez defesa espetacular. O Fluminense estava até melhor do que no primeiro tempo, no bojo da situação; contudo, os ânimos arrefeceram quando Sobis foi expulso. E com Edinho de articulador das jogadas…
Então, a menos de dez minutos do fim, Samuel fez questão de tirar de vez a paciência da torcida tricolor, perdendo outro gol inacreditável. Aos 46, falta em curva de Jean para a área, ninguém cabeceou. Felipe expulso depois do jogo. E foi isso.
Não é hora de escrever o que penso. Seriam vários palavrões em vão. Não faltou nenhuma vergonha ao time, mas sim qualidade técnica – tudo o que sobrava em 2012.
Eu sempre acredito, mesmo com tudo contra nós – o exato caso de agora. Resta o sábado.
O sábado.
Nunca a força das palavras do presidente Horta se fez tão importante quanto neste instante.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @pauloandel
Imagem: lancenet.com.br
http://www.editoramultifoco.com.br/literatura-loja-detalhe.php?idLivro=1184&idProduto=1216
cara….vi outro jogo….
Tinha outros na rodada…
Dias difíceis pela frente. Parabéns ao Peter, CB, Caetano e toda corja de arrogantes e soberbos. Escrevi sobre isso há algum tempo aqui no panorama…
Quem tem fé, reze mesmo. Quem não tem fé, reze também. Ao que tudo indica, a luta contra o rebaixamento vai até o fim. Mas com fé nos salvaremos. Porque na técnica e no talento, esqueçam.
Desde que o m….do Samuel fez aquela palhaçada contra o vasco, no campeonato brasileiro do ano passado. Ja era para terem mandado embora, Ficou, ai vendem o Nem, aparece proposta para oSamuel e nao o vendem…Hj só vai embora pro empréstimo..e ficamos com esse engodo de jogador
Caro Andel,
Sempre lhe admirei pelo otimismo com que escreve seus textos, mesmo nos piores momentos.
Entretanto, não estou otimista como você. A razão é simples.
Estamos com o time já bastante desfalcado. As arbitragens tem sido rígidas contra nós, expulsando nossos jogadores a todo o momento. Nossa zaga (?) não existe. Nosso ataque perde gols às pencas.
Ou seja, vejo uma aura de 1996 em nossa volta. Muito azar para um time só. Não dá nada certo.
Quero estar totalmente errado!…
Aos que tem uma fé, agarrem-se nela!
Parabéns Rodrigo Caetano, Celso Barros e Sandro Silva!