Rafinha é o nome da vez. O garoto era aguardado no time principal com grande expectativa por quem acompanha de perto as categorias de base. Diziam: “quando chegar, fica”. Parece que a percepção vingou. Em especial meu amigo Cássio Miranda, profundo conhecedor de Xerém e que cantou a bola há uns dois anos atrás.
Não gosto de muita badalação e esta semana foi recheada de reportagens e de exposição na mídia. Quinta-feira, o técnico rubro-negro Jaime de Almeida deu uma declaração muito interessante: “hoje em dia, o garoto dá dois chutes na bola e já é tratado como craque”. Ele se referia, em primeiro plano, aos “consagrados” Adrian & cia, mas, generalizou. Ele tem toda a razão. Na necessidade de criar fatos e manchetes, alguns exageram na exaltação. No primeiro escorregão, batem sem dó.
O mundo atual é cruel. Qualquer menino mira o que seus ídolos têm ou ganharam. Nada contra, mas cada coisa no seu tempo. Pecam principalmente quando imitam o lado negativo do comportamento. A falta de orientação faz com que muitos atropelem tudo e matem uma promissora carreira.
Outro aspecto que faz com que alguns jogadores promovidos da base demorem a emplacar é a oscilação. São comuns as dificuldades de adaptação ao novo ambiente. O jogo no profissional é muito diferente. Há vários fatores: rotatividade dos técnicos, preparação física, cobrança da torcida e da imprensa, além de viagens e inúmeros outros. No próprio Fluminense, Igor Julião e William jogaram umas duas boas partidas, mas, em seguida, caíram de rendimento. Normal. Acima de tudo, é necessário que o técnico tenha a sensibilidade do momento certo de soltar ou de segurar esses meninos. Percebo que Luxemburgo tem esse feeling, mas boa parte dos “professores”, não.
O jogo
Hoje, o Fluminense vai a Caxias do Sul enfrentar a crise do Internacional. Da turma que vinha jogando, Cavalieri, Gum, Edinho, Felipe, Carlinhos e Ronan estão fora do combate. Apesar de tantos desfalques, dos escolhidos por Luxemburgo, somente Kléver não atua com frequência, aliás, nunca jogou no profissional, mesmo compondo o elenco há muito tempo. Igor Julião deve ser deslocado para a lateral esquerda. Não vejo muito problema: Julião e Ronan têm estilos muito parecidos. Com relação ao pé trocado, há milhares de fórmulas para resolver isso. Impressionante, quando penso que não verei o Diguinho, algo acontece para que o surfista apareça.
Do lado de lá, Dunga foi-se. Dizem que nem a Branca de Neve o aguentou. O time gaúcho tem um extenso elenco, com nomes de peso, mas ainda não deu liga. A saída de um técnico, muitas vezes, dá um ânimo extra, pois bagunça a zona de conforto da galera, que vai precisar mostrar serviço para o novo chefe. Com isso, é preciso tomar cuidado. Por outro lado, o adversário está em crise e qualquer adversidade, por menor que seja, torna-se muito incômoda. Principalmente com as reclamações vindas das arquibancadas. Nada melhor do que pressionar alguém que esteja nessa situação, ou seja, jamais recuar.
Na tabela, uma vitória coloca o Fluminense a apenas seis pontos de um Botafogo em queda livre. Ainda tem o Atlético Paranaense, mas esta coluna desconhece o resultado do clássico com o Coritiba, que vai acontecer no mesmo horário do jogo em Caxias.
Ainda dá, Fluzão!
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @MauroJacome
Imagem: Youtube.com
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Parabens….. jogao, hj so irei zapear na tv, ja q meu tricolor venceu ontem e deu uma respirada….
Obrigado. Quando o time joga no sábado tem os dois lados da moeda: se ganhar, os jogos do domingo são bons de se ver; se perder, o futebol no domingo é irritante.
No Panorama falei várias vezes do Rafinha e que tinha que entrar! Vai dar jogador!
É verdade.
Caro Mauro. Bom dia!. Eu acompanhei o Rafinha desde o mirim. Sempre se destacou dos seus colegas. Só não dará certo se for para o lado errado, como o Lenny.
Pois é. O que me preocupa é a badalação ter consequências. Não com o Rafinha, mas com todos. Até com os de outros times.