3 jogos (por Marcelo Vivone)

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Jogamos na última quarta-feira o 3º jogo sob o comando do Vanderlei Luxemburgo e, se não vencemos, ao menos permanecemos invictos a partir da troca de treinador, sendo que dois desses jogos foram longe do Rio.

O que tem sido uma constante nessa nova era é a diferença entre as atuações de 1º e 2º tempos. Em todos os 3 jogos tivemos atuações ruins no 1º tempo (no caso de Cruzeiro e Vitória, muito ruins) e boas no 2º.

Se por um lado isso é um bom sinal, já que confirma a previsão que tínhamos de que o treinador tem habilidade de mudar um jogo no intervalo ou até durante um período de jogo, por outro preocupa pelo fraco padrão da primeira metade das partidas.

Talvez tenha chegado o momento de o Vanderlei começar um jogo com o time que vem terminando as partidas. O time que terminou o jogo com o Vitória, por exemplo, poderia ser o do início do clássico de domingo. O grupo do 1º tempo do último jogo é de uma falta de agressividade tão grande no ataque, que não podemos correr mais riscos de colocá-lo em campo.

Impressiona-me muito (de forma negativa) as atuações de Wagner. Acho que esse jogador é um caso de uma promessa que não vingou. É um jogador que sem dúvida tem habilidade e disposição, mas falta-lhe força. Parece muito frágil para aguentar as pancadas do adversário e, constantemente, alija-se do jogo.

Felipe também teve atuação desastrosa na quarta-feira e precisa sair do time. Entrou bem, é verdade, contra o Cruzeiro, mas foi só. Talvez sua condição física lhe permita apenas participar no máximo dos 45 minutos finais das partidas.

Igor Julião, por outro lado, tem sido o melhor jogador do time desde que entrou contra o Cruzeiro. Além de muito bom jogador, tem mostrado grande personalidade em campo. Eu vinha cobrando há muito do Abel a sua promoção a titular da lateral direita, mas nosso antigo treinador caiu agarrado a Bruno, Wellington Silva e outros jogadores inoperantes.

A entrada do Igor tem possibilitado ao Carlinhos explorar espaços ofensivos que antes eram mais difíceis de aparecer. Qualquer treinador adversário sabia que a nossa principal jogada de ataque era pelo lado esquerdo. Hoje, as atenções estão divididas entre os 2 lados do campo e as viradas de bola para um dos laterais podem se tornar uma excelente opção de ataque.

As jogadas pelo meio é que ainda precisam evoluir bastante. O time tem sentido falta do Jean na armação das jogadas. Nosso meio campo de seleção tem produzido pouco, o que pode ser explicado, conforme lembrou bem o amigo Carlos, no estádio Barradão, por ele estar sobrecarregado em dividir esse setor com Felipe. O mesmo raciocínio vale para quando ele dividia as funções com Deco. Ambos os veteranos estão produzindo pouco e marcando menos ainda, o que tem obrigado Jean a desdobrar-se para cobrir os companheiros.

Volto a repetir que gostaria de ver o jovem Rafinha sendo testado na cabeça de área do time titular e acredito que Vanderlei irá utilizar os jogadores que estiverem em melhores condições. Pode ser questão de tempo a sua entrada.

Domingo tem mais jogo e precisamos da vitória.

Rápidas:

– Estive no Manoel Barradas, o Barradão, em Salvador no jogo da quarta-feira. É sempre muito bom acompanhar o Tricolor da Laranjeiras de perto;

– Triste foi um ato de violência e covardia ocorrido após o final da partida. Um grupo de marginais de uma das TOs do Vitória agrediu covardemente um rapaz de 20 anos que estava sozinho quando se dirigia ao estacionamento próximo do estádio. O jovem é muito querido por todos e filho do também muito estimado presidente da Axé-Flu, Cláudio Bottino. Ele portava a faixa da torcida baiana e vestia a camisa do tricolor e deu azar de no meio do percurso cruzar com marginais. Teve a faixa arrancada de suas mãos e a camisa roubada, além de sofrer várias agressões. Segundo várias testemunhas, alguns policiais estavam perto do local e nada fizeram, ou seja, não exerceram a sua profissão. Posteriormente, ao serem inquiridos por essas pessoas a resposta dos fardados foi: torcida de fora tem mais é que entrar na porrada. Belo exemplo dos “profissionais” que são pagos com os nossos impostos para nos protegerem. Bandido existe em todos os lugares, uniformizado ou não, fardado ou não.

– Não dá para colocar todos os garotos ao mesmo tempo, mas hoje, Igor e Kennedy já são realidades e o segundo também já tem espaço para ingressar no time titular. E, como tenho dito, tem mais garotos aí esperando para atropelarem os atuais titulares.

– Fase boa e fase ruim… A cabeçada do Fred que foi no travessão, no último lance do jogo, se tivesse ocorrido no ano passado, teria batido nesse mesmo travessão, na trave, nas costas do goleiro e entrado.

Marcelo Vivone

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Foto: www.zerohora.com.br/

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4 Comments

  1. Nosso time tem problemas defensivos já conhecidos e antigos: defesa e cabeça de área. Na lateral direita, resolvemos. Com o Deco, dá pra contar cada vez menos, e o Wágner, apesar de ter bom domínio de bola e bom passe, não é jogador criativo, meia-armador, camisa 10. Não temos mais o TN (que também tava muito ruim). O Felipe, pra mim, já era ! É só pra entrar no 2º tempo. E olha lá. Depois da saída do Nem, temos um problema a mais, que é a falta de um atacante que corra, que faça jogada de ponta, que puxe o contra-ataque … O Rafael Sobis não pode jogar ao lado do Fred. Se este último é jogador de área, e só isso, o outro atacante tem que correr, como o Nem fazia. O Sobis não faz isso, além de não jogar grandes coisas mesmo quando está dentro da área, no lugar do Fred. Pra mim, é apenas um reserva razoável do Fred. Hoje, temos um meio-campo inoperante e um ataque parado. O time tá todo travado, com exceção do Julião, que tem feito jogadas de ataque. Do Carlinhos, não espero muita coisa, pois, apesar de subir muito, erra muitos cruzamentos, tanto pelo alto, quanto resteiro. Precisamos colocar o Kenedy de titular, ou qualquer outro atacante que corra. Tem que acabar este medo de botar jogador novo. Vai botar quando ? Numa final de Copa do Brasil, numa semi-final de Libertadores ? O time não pode ficar do jeito que está. Tem que mudar ! Tem que tentar ! A hora é essa ! Temos que botar os moleques. Nossa zaga é horrível ! O Digão, apesar de estar mal, ainda é melhor que Gum e L. Eusébio. Bota ele pra jogar. Bota algum moleque do lado dele. Pode ser o Elivélton ou o Welligton Carvalho. Os dois me parecem ser bons. Testa algum garoto na cabeça-de-área também. O Edinho é medonho e o Valência, é um mistério: ou está jogando pela seleção da Colômbia, ou está machucado. O Diguinho não serve de 1º cabeça-de-área. Deve ser somente reserva do Jean. Testa um garoto criativo também: o Eduardo ou o Higor. Temos que tentar. A hora de arriscar, de tentar, é essa, pois se errar, dá tempo de corrigir. E, claro, pode dar certo ! O que não pode é ficar nesse mais ou menos (mais pra menos), nesse time amarrado, nesse joguinho travado o campeonato todo. Espero que o Luxemburgo, à medida que vá conhecendo o elenco, veja isso. Senão, não adiantou nada ter trocado o treinador. Vamos ver o que o Luxa fará amanhã. ST

  2. Vivone, concordo com tudo o que você escreveu.
    Esse episódio de violência, com à condescendêancia da polícia baiana, me causou ojeriza!
    Que venham os molambos!
    ST4

    1. Vivone:

      Muito lamentável que esse tipo de ocorrência exista em nosso país.

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