Na última segunda-feira (25) faleceu Miranda, lateral do Fluminense nas temporadas de 1977 a 1979. Apelidado de “Trésor Brasileiro” (em alusão jocosa, e por isso mesmo injusta, ao craque francês Marius Trésor), Miranda jogou no Fluminense em tempos difíceis: depois do fim do sonho da Máquina Tricolor, sem títulos expressivos além do Troféu Teresa Herrera de 1977. Deixou o clube em fevereiro de 1980, quando o Flu engatinhava no Brasileiro e montaria – sem dinheiro – o grande time que seria campeão carioca daquele ano.
A Miranda se juntam dois nomes emblemáticos do Fluminense nos anos 1970, também falecidos em 25 de julho: Cleber, em 2009, e Cafuringa, em 1991. Ambos foram multicampeões pelo clube, integraram a Máquina – Cleber, também conhecido pela grafia Kleber, como titular absoluto e jogaram muitos anos em Laranjeiras. É de Cafuringa a atuação arrebatadora que alucinou Franz Beckembauer quando o Fluminense venceu o Bayern, base da Seleção Alemã campeã mundial em 1974, por 1 a 0 no Maracanã. E Cleber jogou demais pelo meio de campo tricolor.
Com a passagem de Miranda, 25 de julho fica definitivamente marcado como uma data de réquiem tricolor. Ele, Cafuringa e Cléber são pilares para o entendimento do que foi a década de 1970 para o Fluminense, marcada predominantemente por muitas vitórias e conquistas, mas também pela diáspora e cobranças numa fase difícil, que antecederia uma nova fase gloriosa para o Tricolor.
Aos parentes e familiares de Miranda, o respeito e o apreço. Para Cleber e Cafuringa, o mesmo e também saudade.