Volta Redonda 1 x 0 Fluminense (por Marcelo Savioli)

Amigos, amigas, o Fluminense conheceu, na noite desta quarta-feira, 15 de janeiro, sua primeira derrota na temporada, diante do atual campeão da Série C do Campeonato Brasileiro, que havia sido derrotado pelo Madureira na estreia do glorioso Flamengão, que um dia foi o campeonato mais prestigiado do mundo, graças aos seus clássicos históricos e desfile de craques antológicos nos gramados cariocas.

O jogo foi um teste de resiliência para aqueles que, embora apaixonados, gostam de ver alguma qualidade no espetáculo oferecido dentro das quatro linhas. Para falar a verdade, o jogo foi muito ruim. O Fluminense deu alguns indícios de que praticaria algo parecido com futebol nos primeiros dez ou quinze minutos. Mas foi só.

Na segunda etapa, quando pareceu encontrar caminhos para sobrecarregar a defesa adversária, perdeu o capitão Manuel, injustamente expulso, depois de troca de empurrões na área do Volta Redonda.

Marcão mudou metade do time da estreia, deixando o Fluminense com mais cara de projeto 2025, mas o que vimos em campo não nos trouxe bons presságios. É claro que devemos considerar a superioridade do Volta Redonda em relação ao Água Santa, mas mesmo o campeão da Série C esteve longe de praticar algo parecido com futebol de qualidade.

O que vimos foram dois times contaminados por uma incômoda preguiça intelectual e uma total falta de apetite pelo gol. Brigava-se muito pela bola, mas pouco de futebol se podia observar.

Após a expulsão de Manoel, o Fluminense se desintegrou em campo e as substituições de Marcão, com rodízios de posições, nada acrescentaram ao nosso desempenho.
Tudo parecia caminhar, apesar do domínio do Volta Redonda, para um empate melancólico, mas acabaram, num momento de inspiração, fazendo um gol inusitado, contando com assistência e finalização de bicicleta, quase uma cena daqueles filmes sobre futebol que criam cenas que não reconhecemos na vida real.

Mas o gol do Volta Redonda foi real, bonito, cinematográfico e indigesto. Um desfecho perfeito para uma noite enfadonha, na qual jogamos contra o campo horroroso, a arbitragem hostil e a nossa própria preguiça intelectual.

Se há um jogo na história do Fluminense que não serviu para rigorosamente nada foi o desta quarta-feira. Mas eu não vou fazer drama com isso. Se tem que testar, que os testes sejam feitos agora, já que nosso calendário, que já é uma calamidade, parece ter se recriado e superado em 2025.

Saudações Tricolores!

Comentário