Após vencer por quatro a zero na primeira mão, o Fluminense foi onde o Rio Paraíba do Sul faz uma Volta Redonda jogar contra o clube homônimo à cidade que adotou o nome por essa maravilha da natureza.

Foi meio assim, sem lenço e sem documento, em jogo que ‘não precisava nem ter’, bordão atuante de Milton Neves, um dos maiores comunicadores deste país, que comemorou nesta semana o Oscar dado a “Ainda estou aqui”, filme inspirado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, filho de Rubens e Eunice, retratados no longa dirigido por Walter Salles.

Em campo, parecia ter um jogo que, de supetão, comecei a assistir, pois fazia fé que seria às dezenove, mas às dezoito e uns quebrados, a bola redonda começou a tamborilar no relvado da Cidade do Aço.

Com algumas trocas, emulando descansar alguns pistões da máquinha de Mano e Mário, o Fluminense parecia disputar a partida após aquela feijoada esperta que alegra foliões e desavisados em rodas de samba e botecos por aí, enquanto o Voltaço parecia acreditar no milagre em reverter a derrota de quatro gols sofrida no Maracanã há sete dias.

De importante mesmo nesta partida, o fato do Bruno Barra, hoje zagueiro da equipe do Vale do Paraíba do Sul Fluminense, obter a marca de quatrocentos jogos com a camisa auri-negra.

Mano Menezes controlou e cozinhou a partida, descansou em campo algumas peças e outras no banco de reservas. Thiago Silva que retornou hoje após curtir umas miniférias, pode tentar pegar algum ritmo de jogo, pois nas finais, os atacantes adversários deverão dar bem mais trabalho que de todas as partidas das últimas duas semanas.

Bem, se teve um jogo a analisar, eu não fiquei sabendo, pelo que testemunhei daqui uma lenga-lenga danada, daquelas sonolentas de tarde-noite de domingo.

‘Não quero ser estanque, como quem constrói estradas e não anda, quero no escuro, como cego tatear estrelas distraídas.’

O jogo foi tão insosso, que nem cartão amarelo foi mostrado, o árbitro poderia ter apitado este jogo sentado das tribunas.

Único ponto a lamentar é de já sabermos que os moleques da base e os que vieram das fronteiras ao Sul do nosso país, não terão minutos para performarem e ficarem aptos para jogarem ao longo do ano.

Por hoje, me exonero como escrivão, me ausento para manter a mente e o corpo são, quanto ao jogo e sua história, tais melhor ficarem na boca do povo, pois no papel não há mão que lhe dê razão.

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VOLTA REDONDA 0 x 0 FLUMINENSE

Campeonato Carioca – Semifinais (volta)
Estádio Raulino de Oliveira – V. Redonda-RJ
Domingo, 09/03/2025 – 18h00min (Brasília)
Renda: R$ 284.220,00
Público: 7.521 pessoas presentes
Arbitragem: Alex Gomes Stefano. Assistentes: Carlos Henrique Alves de Lima Filho e Naiara Mendes Tavares. Quarto Árbitro: Lucas Coelho Santos

VOLTA REDONDA: 12-Jean Drosny; 21-Henrique Silva, 5-Bruno Barra, 4-Fabrício e 6-Sanchez; 20-Pierre, 8-Robinho (19-Matheus Lucas 78’), 14-Chay (17-Kelvin 59’) e 10-PK; (7-Luciano Naninho 59’) 11-MV e 9-Bruno Santos (27-Mirandinha 59’). Téc.: Rogério Corrêa. 4-4-2

FLUMINENSE: 1-Fábio; 2-Samuel Xavier, 3-Thiago Silva© (29-Thiago Santos 70’), 22-Juan Freytes e 6-Renê; 94-Otávio (5-Facundo Bernal 57’, 35-Hércules e 21-Jhon Arias (16-Nonato 70’); 90-Kevin Serna, 11-Keno (77-Paulo Baya 80’) e 9-Everaldo (14-Germán Cano 57’). Téc.: Mano Menezes. 4-3-3