Viva e deixe morrer (por Rods)

Live and let dieNo ano de 1973, um novo filme de James Bond estava para ser lançado. Por intermédio de George Martin, ex-produtor dos Beatles, Paul McCartney e sua banda Wings foram incumbidos de compor a música-tema. Viva e Deixe Morrer ou Live and Let Die, em sua língua original. Quarenta e um anos depois, eu tive a honra (sim, a honra) de testemunhar o show desse ícone do rock que contou com uma apresentação inesquecível da música. Coisa que guardarei comigo para o resto da minha vida. O que isso tem a ver com o Fluminense? Já explico.

Como tudo no Brasil, o ingresso para o show foi caro. A pista vip (ou premium, como queiram) foi vendida pela pequena bagatela de 700 reais. Como eu disse, caro. Mas no caso do show, reside um grande detalhe: é um dinheiro (para quem pode, claro) muitíssimo bem gasto. Se todos que foram já tivessem a noção de como seria maravilhoso o “produto recebido”, teriam entregado o dinheiro com um largo sorriso. Agora sim entra o Fluminense. O detalhe que comentei é uma grande diferença entre o Paul McCartney e parte do elenco tricolor.

O ex-Beatle tem hoje 72 anos (quarenta a mais que Fred) e não desaponta seu público. Você pagou para vê-lo tocar e cantar e ele realizará o prometido, até além, da melhor forma possível, durante três horas. Obviamente, sua fortuna é muito superior à dos jogadores, porém alguém aqui já veria alguma diferença a partir de 250 mil mensais? Entre milionários e milionários entediados há um enorme abismo. Você também não pagou 700 reais para ver um jogo do Flu, mas e ao longo da temporada? Ingressos, camisas, associação, comida e bebida no estádio… A tal pista vip ficou bem pra trás, certo?

A letra da música que comentei não é uma composição muito extensa, mas possui uma mensagem interessante:

“When you were young

And your heart was an open book

You used to say live and let live

You know you did

But if this ever changin’ world

In which we live in

Makes you give in and cry

Say live and let die

Live and let die!”

Em uma tradução livre, ela diz que quando você é jovem e inocente, você vive e deixa as coisas serem como são. Mas que, em um mundo que sempre muda, você acaba desistindo e passa acreditar que é viver e deixar morrer. Ou seja, você primeiro e dane-se o resto.

Aparentemente, vários jogadores já acreditam nisso faz tempo. Mas o que aconteceria se torcida também desistisse e optasse por viver e deixar morrer?

ST!

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @Rods_C

Imagem: mi6007.com

O ENGENHEIRO E A ESFINGE 19 11 2014

1 Comments

  1. A resposta para a última pergunta é uma só: estádio vazio. ST

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