Não podemos excluir o futebol do contexto político, social e moral da nossa sociedade. Vivemos um momento em que a revolta popular contra a corrupção e as tenebrosas transações na nossa vida pública é um marco na evolução histórica do nosso Pais.
Ora, se queremos moralidade na vida cotidiana,como seria o normal admitirmos que, no esporte, se pratique um movimento antidesportivo e fora dos padrões éticos, pedindo para o seu time de coração “entregar” o jogo para prejudicar um adversario esportivo?
Se há pouco tempo estávamos reclamando que os jogadores talvez tenham entregado alguns jogos – segundo muitos, porque não estavam recebendo o salário em dia -, como agora pedimos para que os mesmos jogadores entreguem um jogo para prejudicar um clube adversário? Com que moral cobrariamos empenho em conseguir futuras vitórias destes jogadores?
Sou totalmente contra pedir ao time para perder, sem essa desculpa esfarrapada de que todo mundo faz isso! Estariamos nos comparando àquela frase hedionda: “Todo mundo faz caixa dois, é normal”. Não é normal o caixa dois, é sim um crime porque trata-se de uma fraude financeira.
Vencer ou vencer, esse é o lema criado pelo eterno presidente Francisco Horta e com o qual concordo. Além de ser uma atitude esportiva elogiável, é moralmente digna.
O Fluminense não pode ser responsável pela queda ou não do Vasco. Se eles vão cair ou não, vai depender do numero de pontos que fizerem no Brasileiro no final da rodada 38. Não vamos nos deixar pautar pela imprensa e nem pelo ódio contra o Eurico pelas suas atitudes desonestas e ditatoriais.
Nós ganhamos o jogo contra o Vasco que foi tranferido para o Engenhão. Fizemos o nosso papel. Agora temos que jogar para ganhar. Se perdemos, por circunstância do jogo, como já perdemos tantas, será porque nosso time no segundo turno tem feito péssimas partidas.
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Em tempo: minha homenagem a Castilho, um dos maiores ídolos do Fluminense, a quem tive o prazer de vê-lo jogar, e que teria feito 88 anos em novembro passado.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri
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