São Januário cheio, bacana, podia ser melhor feito antigamente no ex-Maracanã: 60 mil, 30 de cada lado. Claridade fortíssima pelo horário. De legal, os dois times vestidos de 1980 como deveria ser sempre.

No campo, calor: muita transpiração e pegada, sem muita inspiração; divididas àsperas; defesas dos goleiros com rebote; bola de Digão na trave; Nino salvando um gol certo, Bruno Silva um outro. Cartões amarelos. O Flu mais preciso nos toques, o Vasco tentando o contra-ataque nas arrancadas e finalizando mais. Com os times alternando a posse de bola o tempo todo, choques permanentes.

Perto dos 40, João Pedro sentiu e saiu, entrando Brener. Bruno Silva salvou outro gol na pequena área. Já perto do intervalo o Vasco estava mais avançado na marcação, enquanto o Fluminense tinha dificuldades para as infiltrações de ataque. Apesar da lentidão e da distância da área, é certo que Ganso – muito elogiado contra o Ceará – fez falta, enquanto o estreante Nenê pouco produziu. Nos acréscimos, o zagueiro Henriquez bobeou com Pedro e o jovem artilheiro acertou o canto esquerdo de fora da área, rasteiro: Fluminense 1 a 0, excelente pedida para o intervalo. Se o Vasco foi mais incisivo, ao Tricolor coube maior eficiência.

Segundo tempo, o time do Vasco fazendo marcação por pressão, o Fluminense tendo dificuldades para sair e pior: Digão expulso aos 10 minutos pelo segundo cartão amarelo, com Henriquez acertando a trave direita de Agenor em seguida. Promessa de emoções para o Flu. Frazan em campo, saindo Nenê, para a recomposição da defesa. Bruno Silva tomando cartão amarelo à toa.

Aos 21, o empate vascaíno: bola parada, cruzamento, rebote de Agenor alla Fernando Henrique e Leandro Castán finalizou no canto direito. Mais uma vez vários jogadores de defesa esperando uma vaca voar. Vida que segue. Aos 28, Frazan foi expulso num lance em que até o cartão amarelo seria discutível. A barbaridade do árbitro foi decisiva: resultou num belo gol de Bruno César cobrando a falta e virando o jogo. Onze contra nove faltando quinze minutos… E Airton no lugar de Pedro, praticamente sepultando as chances de ofensividade tricolor.

Combalido, nos 15 minutos finais a grande chance do Flu foi num chute de Brenner por cima do travessão após rebote. Foi pouco. Agora é torcer para os resultados da rodada não permitirem a entrada do Tricolor na funesta zona de rebaixamento.

Panorama Tricolor

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