Amigos, amigas, ninguém esperava que o Fluminense desembestasse a ganhar de todo mundo. Apesar das quatro vitórias seguidas e dos cinco jogos de invencibilidade, era natural que derrotas também viessem a fazer parte da nossa jornada.
Temos ainda dezessete jogos a disputar no Campeonato Brasileiro, quase todos muito difíceis. Um início de jornada deplorável como o que tivemos cobrará seu preço até o final. Dentro de um planejamento razoável, agregada a eliminação da Copa do Brasil no meio da semana, não haveria maior ruído se o Fluminense entrasse hoje com um time alternativo em campo.
Não foi o que aconteceu, exceto pela ausência de Serna, Thiago Silva e Martinelli, que ficou, esse último, no banco de reservas. Uma opção até interessante se pensarmos na necessidade de dar minutagem a Alexsander.
No caso da ausência de Thiago Silva, isso nos permitiu conhecer o trabalho de Ignácio, que acabou sendo um dos melhores em campo, atuando com desenvoltura e segurança em todas as situações de jogo. Foi a única boa notícia em campo na noite de ontem. A única.
O Fluminense entrou no jogo com uma voltagem abaixo do adversário. Os primeiros minutos de partida já traziam incômodo visível ao tricolor que o assistia. Enquanto o time do Vasco assediava nossa posse de bola desde o nosso campo defensivo, a deles era quase sempre tranquila. Mesmo quando tocavam a bola improdutivamente, não conseguíamos – ou não tentávamos – tirar de seus jogadores as opções de passe.
Tão passiva era a nossa marcação, que tínhamos dificuldades até de evitar articulações no nosso terço defensivo de campo. Enquanto isso, éramos incapazes de coordenar nossa saída de bola ou de dar velocidade ao jogo. Quando transpúnhamos a primeira linha de marcação, as jogadas eram concentradas em Arias ou Keno, principalmente o primeiro, sempre buscando jogadas individuais pelos flancos, com raríssimas associações com os companheiros.
O gol do Vasco saiu de uma jogada de bola parada em que presenciamos uma nova modalidade futebolística, em que estavam presentes o futebol americano e o handball.
Aliás, esse Daronco deveria ser proibido de apitar jogos do Fluminense. Sua simples presença em campo já desequilibra emocionalmente os nossos jogadores, porque o homem da “voz do além” parece ter vindo ao mundo para prejudicar o Fluminense. Deve ter sofrido alguma experiência traumática na infância com o nosso time e hoje se vinga com o apito na boca. Nem mesmo com o VAR chamando sua atenção abriu mão de nos prejudicar.
Não vamos, claro, tirar o mérito do rival, que jogava melhor e sairia para o intervalo do jogo com a vantagem de 1 a 0. Foram 25 minutos de domínio, após os quais o Fluminense finalmente resolveu se movimentar em campo e dominar a intermediária, sem, todavia, ameaçar o gol adversário.
Sem mudanças para a segunda etapa, o Fluminense dominou o Vasco completamente e, embora faltasse aquela oportunidade clara de gol, o empate parecia algo inevitável. Acuado, o Vasco fazia faltas e nos devolvia a bola, mas a noite não era nossa.
No primeiro contragolpe, já lá pelos 20 minutos, nossa casa caiu. Fábio se precipitou, tentando ligar com Ganso, que acabou desarmado, deixando nossa defesa exposta. O próprio Fábio fez defesa espetacular, mas não conseguiu evitar o segundo gol vascaíno no rebote.
Acabou ali o nosso jogo. Mano fez várias substituições, mas o jogo transcorreu, doravante, de forma favorável ao adversário, com um Fluminense atacando ao Deus dará. JK entrou bem no jogo, algo raro ultimamente, mas mesmo suas boas jogadas não resultaram em nada.
Não é desesperador, mas é preocupante. O Fluminense, diante do Vasco, vivenciou momentos que no fizeram lembrar o pior do que já vimos esse ano. Em nada lembrou o time que foi autoritário diante de Palmeira e Bahia, onde fizemos dois dos melhore jogos na temporada.
Se formos o time do jogo de ontem contra o Grêmio, que vive boa fase, o bi da Libertadores pode não passar de um sonho desmantelado. A eliminação da Copa do Brasil, em si, não é o que preocupa, mas as duas últimas atuações acendem o alerta amarelo.
Saudações Tricolores!