Fundamental foi ver o time do Fluminense com total aplicação no clássico indevidamente disputado no Niltão, mostrando que não houve qualquer sequela da Copa do Brasil. Empenho e dedicação.
Do começo até o meio do primeiro tempo, o Vasco tentou dominar o cenário mas depois se perdeu. Isso não o impediu de desperdiçar oportunidades, estando Cavalieri bem quando chamado ao serviço, principalmente na falta cobrada com força por Rodrigo. Jogo lá e cá, com o Fluminense se ressentindo ofensivamente pela ausência inevitável de Fred. No fim da etapa, no bate e volta, Gerson tocou levemente no canto direito de Martín: um gol que merecia o Maracanã lotado pela emoção do lance. A bola devagarzinha dos clássicos que não voltam mais.
Na volta, o Flu tomou as rédeas da partida do ponto de vista dos espaços. Mesmo assim, o Vasco acertou um balaço na trave e foi bloqueado N vezes pela nossa defesa – alguém precisa dizer ao Marlon que ele joga muito, mas que Edinho, Ricardo e Thiago Silva metiam o pé quando era necessário. Chutão não é crime.
O Wellington Silva foi herói e monstro: atacou, salvou um gol em cima da linha e perdeu outro, surreal. Higor entrou, tomou cartão e foi expulso na besteirada – o objetivo primordial deve ser sempre o gol, não o pênalti, mas os jogadores brasileiros não entendem. Boa a pegada do Pierre, era um jogo para ele. O conjunto do Fluminense foi admirável pela atitude aguerrida, completamente diferente do padrão anterior no segundo turno. Aleluia, irmãos. Sou do tempo em que não ficávamos três meses sem vencer o rival, quanto mais três anos.
Vencendo a Chapecoense, quatro jogos para planejar 2016 e fazê-lo bem diferente de 2015. Mas que não se solte fogos antes da hora: ninguém se esqueceu da espinha na garganta do ano passado. Entrar com máximo respeito e atitude. Pelas palavras do Eduardo, não se espera outra coisa. Ah, o Scarpa é sensacional.
Eurico foi fanfarrão até o fim. Talvez o Vasco se salve. Ele, não.
O Corinthians, mesmo com a arbitragem, é um merecido e disparado campeão. No mais, deixou chegar… tem bunda estatelada no chão.
Esta coluna é em memória de Flávio Mendes, falecido na Arena quarta passada.
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