Vamos marcar gols! (por Crys Bruno)

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Oi, pessoal.

Após “longos” dias, o Fluminense volta a campo pelo Brasileirão, recebendo o São Paulo no Maracanã hoje à noite. Uma vitória é fundamental para se aproximar dos pontos necessários que nos livrarão do rebaixamento, para retornar à estaca zero e programar 2016.

Voltando à partida de logo mais, o mais novo “marcadorpata” do Fluminense, Eduardo Baptista, após alguns dias de treinos, poderá, a partir de hoje, nos mostrar que apesar de pensar futebol como seus dois antecessores, tem mais qualidade na aplicação do modelo de jogo.

Modelo de jogo que não sou muito fã, especialmente quando o adversário está com a bola e formamos aquelas duas linhas de quatro recuadas que se “colam”, deixando um espaço imenso e isolando o ataque, descompactando o time. 

Esse espaço é usado pelo adversário, que passa a construir seu jogo sem pressão alguma e rodar a bola. Se este pudesse nos atacar pela direita e esquerda ao mesmo tempo, o que só seria possível se houvessem duas bolas em campo, as duas linhas de quatro fariam sentido…

Para piorar, elas já não funcionavam mais com Enderson, porque, repetindo o que venho “teclando”, a médio prazo é um modelo que arrebenta com a parte física dos jogadores de meio-campo. Não à toa, quase todos do setor caíram de produção técnica por falta de pernas; até mesmo o leve e comprometido Gustavo Scarpa sentiu.

Para piorar o que já foi piorado, tal qual a Lei de Murphy, se o adversário tiver um jogador com passe ou drible vertical, passando por um, desmonta a linha e fica no mano-a-mano. Sofremos isso contra o Santos de Lucas Lima. Essa noite enfrentaremos um time com esse jogador que, mesmo mal e criticado, tem essa qualidade: Ganso. 

Preferiria ver o Fluminense mais equilibrado em campo, sem descer tanto as linhas. Prefiro o futebol moderno, ou seja, o nosso futebol antigo, ou seja, que usa três meio-campistas e três atacantes pressionando/marcando o adversário a partir do ataque e sempre acoplado, como triângulos em movimento.

Mas não será assim. Segundo Marcos Jr, em entrevista essa semana, Eduardo pediu essa marcação (que é pressão) ainda na frente: “O Eduardo fala para a gente prestar muita atenção na marcação. A gente ataca bem, mas tem que consertar na defesa.”

O Fluminense não ataca bem. O ataque joga isolado e dependente de uma bola das laterais no Fred. É assim há “trezentos anos”. Tão cansativo quanto previsível e medíocre. Além disso, o time marca mal, o que se deve muito por prender pelo menos oito jogadores na defesa, atraindo seu oponente para próximo da área.  

Resta saber se essa marcação (que é pressão) será por zona no campo todo, como um time equilibrado faz. Se mantiver o que vem fazendo, bem…  Nesse caso, pode até ajudar a não sofrer gols, o que na prática, só funcionou contra o Goiás, quando não a usamos porque subimos as linhas, tomando a iniciativa do jogo. 

E se entra técnico, sai técnico, o que pedem ao atacante Marcos Jr é marcar o volante ou o lateral, em vez de gols, o jeito é ajoelhar, apertar as mãos com a força da fé e da paixão de torcedor e acreditar no metafísico – tudo o que temos feito como tricolores nos últimos 20 anos, mas que funcionou eventualmente num ano e noutro.

Que 2015 repita a magia, o sobrenatural, como em 2007 e 2009, e nos salve novamente. Para que dependamos menos disso, o jogo de logo mais nos trará respostas além do resultado, que será positivo, tem que ser, será! Com  a bênção de João de Deus. Amém.

TOQUES RÁPIDOS:

– Vinícius voltou ao menos a ser relacionado. Que bom. Se assinou, como fofocaram, um pré-contrato com o São Paulo, um clube árabe, da China ou Conchinchina, não me interessa. Precisamos dele nessa reta final.

– Se assinou, quem permitiu foi a direção do Fluminense, que não lutou por sua renovação como fez com Edson. 

– Vinícius era, até se lesionar, um dos melhores do time. Não entendo esses critérios que não são sobretudo técnicos…

– No mais, resta o principal, pessoal: AO MARACA! À VITÓRIA!

Abraços fraternos.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @CrysBrunoFlu

Imagem: ps

CAPA O FLUMINENSE QUE EU VIVI AUTÓGRAFOS