Valeu, Gum! (por Carlos Henrique Barros)

Gum, um guerreiro valente, tricolor igual a gente, foi embora do Nense. Tristeza!

Encerrou-se um ciclo vitorioso e glorioso de Gum no Fluminense. Um zagueiro nem tão talentoso, mas sempre com seu perfil arrojado, disposto a jogar e que nunca abaixa a cabeça. Esse estilo de jogador, líder e raçudo, está cada vez mais em extinção no futebol.

Qualquer clube no mundo gostaria de ter um Gum no seu time. Ele vestiu com muito respeito e dedicação a nossa gloriosa, e por quase dez anos, honrou as três cores que traduzem tradição.

Tenho certeza absoluta do quanto a essência e a garra de Gum farão falta no elenco do Flu. Era ele, que antes dos jogos, demonstrava otimismo e emitia boas vibrações. Após os jogos, em caso de vitória, comemorava como se fosse um título. Em caso de derrota, seguia em frente e levantava a cabeça de todos.

Foi um vitorioso, decisivo. O primeiro momento em que ficou marcado na história do clube foi na semifinal da Copa Sul-Americana de 2009, contra o Cerro Porteño. Nós estávamos perdendo por 1 a 0, mas nos acréscimos Gum – com a cabeça enfaixada – marcou e garantiu a nossa classificação. Ainda deu tempo de Alan marcar o dele e virar o jogo, para delírio da torcida. No mesmo ano, ele foi um dos principais jogadores que protagonizaram uma arrancada decisiva do Fluzão contra o rebaixamento. Nosso time tinha 99% de chances de cair para Série B, mas lá estavam Gum, Fred e outros tantos jogadores que nos ajudaram a se livrar historicamente do descenso.

Gum também foi peça fundamental para as conquistas dos Campeonatos Brasileiros de 2010 e 2012 e, ainda por cima, do Campeonato Carioca de 2012. Também venceu pelo Flu as Taças Guanabara de 2012 e 2017, a Taça Rio de 2018, a Primeira Liga do Brasil de 2016, foi finalista da Copa Sul-Americana em 2009 e semifinalista da mesma competição neste 2018, quando parou frente ao campeão Athletico Paranaense.

A cada minuto em campo, a cada gol feito e cada palavra dita por ele foram fundamentais para que o Flu ganhasse a alcunha de Time de Guerreiros e, também, pela torcida gritar em sua homenagem “Gum, Guerreiro, Gum! “.

Enfim, o tempo passa, jogadores se vão e nosso Fluminense fica, em meio a tudo isso, esperando dias melhores.

Saudações Tricolores.

Panorama Tricolor

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