Valentine’s Day (por Jéssica Rocha)

flu3O primeiro amor a gente nunca esquece.

Bom, para quem não sabe, o Dia de São Valentim é comemorado em muitos países em meados de fevereiro como o Dia dos Namorados. Aqui no Brasil, essa data tão especial é comemorada só em junho. Mas, já que é pra falar de amor, vamos lá. Porque não falar da minha maior paixão? Aquela que eu não troco por nada nesse mundo?

Como se fosse um casamento. É assim que me sinto quando o assunto é Fluminense. Sabe aquela coisa que te deixa nervosa, com raiva, triste, decepcionada, feliz, apaixonada, tudo ao mesmo tempo? Então, é isso que eu chamo de amor de verdade. Uma mistura de emoções. Como dizia o poeta: vão-se as paixões, fica o Fluminense. E contra fatos, não há argumentos.

Como pode um time de futebol mexer tanto com nosso psicológico? Muitas vezes sambar com um salto agulha no nosso coração, fazendo a gente prometer que não vai mais ligar, não vai mais perder nosso precioso tempo e, então, no dia seguinte já sair correndo pra frente da TV e do computador caçando uma notícia qualquer que seja. E se falam mal, aí viramos bichos. No meu caso é assim. Um eterno dilema: ”você não vale nada, mas eu gosto de você”. Sempre digo aos meus amigos: falem mal de mim, mas não falem mal do meu Fluminense. Isso é inadmissível. Papo da amizade acabar na mesma hora, caso isso ocorra.

Aos solteiros de plantão, uma certeza: nossos corações jamais estarão vazios. Somente quem tem um sentimento verde, branco e grená correndo nas veias sabe que nunca estaremos sozinhos. Que só o fato da existência de um único clube já nos deixa feliz. E, aos invejosos de plantão, à mídia e rivais, outra certeza: podem falar o que for. Terceira divisão, tapetão, não interessa. Deixem que digam, que pensem, que falem. Quanto mais falam, mais meu sentimento cresce! É como se o Flu fizesse parte da família ou, até mesmo, uma parte do seu corpo, a qual você não pode viver sem.

Muitos chamam de exagero, mas eu prefiro chamar de paixão. Só quem ama de verdade um clube de futebol sabe o que eu estou falando. Deixemos a rivalidade de lado. Até o torcedor mais fanático do Flamengo, Vasco ou Botafogo sabe da emoção que é representar o futebol mais charmoso do Brasil, representando toda uma nação carioca.

Ir ao Maracanã… Nossa! Poucos têm o privilégio de poder fazer isso toda semana. Mosaicos, pó-de-arroz, bandeiras, faixas, tudo se torna uma grande festa quando o motivo é ver o tricolor jogar. Não poder assistir a uma partida é coisa para ficar nervosa, de celular na mão, acompanhando tudo pelo Facebook. Dia de jogo é dia de comemorar, mesmo se a vitória não vier. Aquele dia sagrado de passar no mercado e comprar aquela cervejinha, acompanhada de um belo petisco. De reunir toda família – ao menos a minha – em frente à TV e assistir a mais um espetáculo. Hora do gol é sagrada para ir à varanda gritar, provocando os vizinhos. Poder fazer parte de uma legião de guerreiros, realmente, não é pra qualquer um.

Agradeço sempre a minha mãe por me influenciar nessa escolha. Já meu pai, coitado, teve o desgosto de assistir sua filha virar tricolor. Sobrava até para o meu velho, o único ovelha negra da família, flamenguista nato e que era obrigado a nos levar ao Maraca. Meu destino estava mesmo traçado, graças à barriga milagrosa do nosso atual técnico Renato Gaúcho. Ali foi o auge. Eu, com meus míseros dois anos de idade, ganhei minha primeira camisa. O início de uma longa caminhada, regada a muito amor.

Enquanto eu viver, vou carregar essa paixão comigo. E com toda certeza vou ensinar meus filhos a amar esse time como sempre amei. Se não for tricolor, eu deserdo. Fim de papo. Não tem dinheiro que compre, nem bem material que substitua, é um sentimento inenarrável que só o tricolor me proporciona.

Só pra finalizar minha tese. Num final de semana dedicado ao amor, porque não nos lembrarmos dele?

Como dizia Pedro Bial: o Fluminense é minha terra do nunca. Sempre!

Com imenso prazer, nesta época enamorada, eu vos digo: Saudações Tricolores!

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @rochaa_je

Foto: esportes.uol.com.br

3 Comments

  1. Tudo pode passar, só o tricolor não passará jamais!

    Obrigado! ST

  2. Pô…que crônica…me emocionei…parabéns…digno de uma tricolor….

    Flusão nossa paixão eterna!!!!!!!!!!!!!!

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