Tricolores de sangue grená, assistindo à coletiva do técnico Fernando Diniz após o jogo contra o Vasco, observei em sua fala muito daquilo que eu mesmo já pensava. O momento do time é muito delicado, pois o vento não parece virar a nosso favor nunca. Some à conta desfalques importantes num elenco já curtíssimo, impossibilidade de repetir escalações, erros individuais, azar nas finalizações, bom momento dos goleiros adversários, gols tomados de forma improvável (com bicicleta de zagueiro adversário e tudo mais) e arbitragens nefastas, com ou sem VAR, e fica muito claro que talvez nem Guardiola teria melhor sorte. Não estou dizendo que Diniz não comete erros – e eu cansei de falar a respeito deles. A manutenção de Agenor é um erro, a escalação de João Pedro e Pedro juntos também. Porém, as falhas do treinador sozinhas não explicam o momento atual. O time que faz um jogo épico contra o Grêmio no Sul e goleia o Cruzeiro é o mesmo que joga melhor, mas perde do Botafogo e massacra o Ceará no primeiro tempo, mas não consegue vencer a partida.
A impressão que me dá, na maioria das partidas em que temos uma escalação “normal” (sem muitos desfalques ou sem invencionices do treinador), é que o esperado seria que vencêssemos. Porém, contra Goiás (arbitragem), Botafogo (azar), Flamengo (desfalques) e Ceará (azar) isso não aconteceu. Poderíamos ainda ter conseguido resultados melhores contra Santos (erros individuais), Bahia (arbitragem + erros individuais), Chapecoense (desfalques) e Vasco (arbitragem + desfalques). Com alguma boa vontade, deixamos de faturar pelo menos 17 pontos. Se tudo tivesse dado certo ou pelo menos seguido um curso mais favorável para o Fluminense, poderíamos estar com 26 pontos, que é a pontuação do Palmeiras, líder do campeonato! Vejo um movimento fortíssimo pela saída de Fernando Diniz pois o time joga bem, mas não pontua. Exibe um futebol vistoso, de posse de bola e troca de passes, com um número de finalizações alto em média, mas não empurra a bola pra dentro a quantidade de vezes que deveria. Deixo uma pergunta: quem faria melhor, dado o cenário exposto?
Se hoje qualquer tricolor indicar um outro nome para o comando do Fluminense que poderia resistir a tamanhos reveses mantendo o nível de atuações da equipe e sendo competitivo, que caiba no orçamento do clube e estabeleça um padrão de jogo que nos permita voltar a vencer mesmo quando tudo estiver contra nós, com desfalques, arbitragem e o escambau a quatro nos atormentando, eu aceito de bom grado e engrosso o coro do “fora, Diniz”. Por enquanto, vou cobrar que ele desista do Agenor enquanto é tempo, pois embora possa até ser um goleiro razoável, não serve para ser titular do Fluminense. Não temos o direito de nos contentar com o “razoável”, principalmente numa posição tão fulcral quanto a do defensor das traves. João Pedro acabou se machucando, então ele não poderá mais escalá-lo junto com Pedro, o que já é um alívio. Hora de repensar também a escalação de Gilberto, que não tem rendido nada e dar uma chance pro Igor Julião tentar se firmar.
Tricolores, sei que é difícil continuar apoiando um técnico com um retrospecto recente tão ruim, mas vocês realmente acreditam que estamos tão mal assim? O cara precisou escalar Bruno Silva e Yuri contra o Vasco porque perdeu um monte de gente, e até a arbitragem começar a nos assaltar, nós vencíamos o jogo dentro da casa deles. Com Allan retornando, Ganso e Nenê juntos, Wellington Nem entrando em forma pra jogar junto a Yony e Pedro, a tendência é o time melhorar ainda mais. Muriel ainda vai estrear também, e vai passar mais segurança lá atrás. Digão precisa entrar em forma, pois não temos outro, mas pro próximo jogo só temos o Nino de zagueiro. A vida não está fácil. A nova gestão está trabalhando, mas precisa logo trazer mais uns dois zagueiros e um lateral-esquerdo, para dar mais opções ao treinador, que anda tendo que improvisar e subir gente da base antes da hora. Embora eu diga tudo isso, tenho noção da realidade: se a maré não virar, muito em breve Diniz será demitido. E, sinceramente, seria uma pena. Espero que a sorte vire a nosso favor e a gestão trabalhe nos bastidores para que as arbitragens passem a nos tratar como o time gigante que somos.
Curtas:
– Nossa equipe vai pegar o Peñarol do Uruguai lá em Montevidéu extremamente pressionada por um bom resultado. Julgo que um empate já aplaque os ânimos da torcida nesse caso, mas é claro que uma vitória seria excelente. Uma derrota poderia acelerar a demissão do treinador, e tenho certeza que os jogadores estão cientes disso.
– O Fluminense Football Club completou 117 anos de existência nesse domingo, e as palavras se misturam na minha mente na hora de falar desse clube maravilhoso que tanto significou, significa e significará para mim. Deixo vocês com uma coluna que fiz há alguns anos aqui no Panorama, que retrata exatamente o meu sentimento pelo Tricolor.
– Muriel, Gilberto (Igor Julião), Nino, Digão e Caio Henrique; Allan, Nenê e Ganso; Wellington Nem, Yony González e Pedro. Espero sinceramente que consigamos ver essa equipe jogar junta antes que Diniz caia. Acredito que é a melhor formação possível esse ano (já que não temos Matheus Ferraz, que substituiria Digão) e é ela quem nos dirá quais serão nossas aspirações de verdade para o que resta da temporada.
– A notícia de que Agenor atuou com o filho internado na UTI me leva a perguntar somente o porquê. Não temos goleiro reserva? Um jogo jamais será mais importante que a saúde de nossos familiares. Se o momento pessoal de Agenor é delicado, faz ainda menos sentido mantê-lo sob as traves. Que o filho dele se recupere o mais rápido possível.
– Palpites para as próximas partidas: Peñarol 1 x 2 Fluminense; Fluminense 1 x 0 São Paulo.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri
#credibilidade
pelo amor de Deus ninguém tá vendo esse time de pereba aí não, não dá pra se contentar com Agenor, Nino, finado Gilberto, vamos reagir Fluzão cadê vc Mário Celso Barros vamos tirar nosso time da lama,o time do cheirinho já tá contando os dias pra gente cair,e o que vai acontecer se não abrir o olho segundona
Sou tricolor e não quero que o Diniz saia. Até porque não há ninguém para substitui-lo. É evidente que ele tem errado mas erra mais quem contrata jogadores como o Yuri, Kelvin, Agenor,Ezequiel, etc. Nós perdemos algumas partidas por falta de goleiro. O primeiro gol do ceará era defensável. O primeiro do vasco também. Um clube que teve Castilho, Veludo, Felix, Paulo Victor e outros excepcionais goleiros não pode ter Agenor, Rodolfo e outros malas que defenderam no gol.