Ele certamente foi um dos maiores jogadores do mundo nos anos 1990, e só não foi campeão pela Seleção Brasileira na Copa dos Estados Unidos devido a seu comportamento, digamos, notívago. Foi um xodó de ninguém menos do que Telê Santana, que o adorava.
Válber Roel de Oliveira nasceu em 1967 e se tornou profissional no São Cristóvão aos 21 anos, sem ter feito as divisões de base. Logo veio para o Fluminense, onde rapidamente se destacou, ganhando a Taça Rio de 1990 e chegando às semifinais do Brasileiro de 1991. Embora efêmera no Flu, sua dupla de zaga ao lado de Torres fez enorme sucesso como uma das melhores que o Tricolor já teve.
Jogador de imensa categoria, com enormes recursos técnicos, qualidade no passe e no drible somados à elegância em campo, Válber era muito diferenciado. Deixou o Flu, foi para o Botafogo, depois São Paulo, Flamengo, Vasco e outros, conquistando vários títulos importantes e esbanjando talento.
Pelo Fluminense, teria ainda mais duas passagens, ambas importantes. Válber foi um dos líderes na luta pela Série C em 1999, comandando o time no meio de campo ao lado do jovem volante Marcão. Três anos depois, em 2002, participou da ótima campanha no Brasileirão, quando o Flu chegou às semifinais da competição.
Ao todo, Válber jogou apenas 70 partidas pelo Fluminense, mas sua categoria foi tão marcante que parece ter sido bem mais. Em três ocasiões, levou o Fluminense a posições de destaque ou grande recuperação. É um dos poucos jogadores dos anos 1990 que poderia ser titular absoluto de todos os times tricolores campeões no século XXI.
Posteriormente trabalhou na base tricolor.
Acaba de ser anunciado como auxiliar técnico do America. Um cracaço.