“Se você pensa que vão fazer de mim
o que faz com todo mundo que te ama
acho bom saber que pra ficar comigo
vai ter que mudar”

A canção do Rei pode servir como aviso para o elenco do Fluminense. Querer o apoio da torcida é algo repetido nas ensaiadas e calculadas entrevistas dentro do Laranjal, mas, para consegui-lo, é bom mudar.

A três pontos da zona de rebaixamento, arrumar os doze pontos que nos salvam virou uma preocupação quase desesperadora. O que seriam favas contadas agora desenham-se como dúvidas por conta da irregularidade do time e de seu aparente descompromisso frente à necessidade das vitórias.

Nossa sequência daqui até o final do campeonato Brasileiro é composta por Goiás (C), Santos (F), São Paulo (C), Cruzeiro (F), Atlético Paranaense (C), Vasco (N), Chapecoense (C), Grêmio (F), Avaí (C), Internacional (C), Figueirense (F).

Em uma análise simples, os jogos contra Goiás, Atlético Paranaense, Chapecoense e Avaí são cruciais e neles temos os doze pontos que nos salvam. Dá também para pensar em pontos contra Vasco e Figueirense, apesar da urucubaca contra o time do Eurico e de que o jogo contra o Figueira não deve estar na pauta do necessário, por ser o último.

Dependendo de como se desenrole o campeonato, São Paulo e Inter podem ser jogos mais tranquilos, por conta dos resultados dessas equipes e de suas aspirações no Nacional. Nas outras partidas, o Flu não goza de favoritismo algum e, se sair com algum ponto já será um lucro enorme.

Dessa forma, fazendo apenas o mínimo, temos condições de acumular uns quinze pontos até o final. Salva-se a honra, mas não se apaga o caminho. O temor reside na completa falta de confiança de que nossos jogadores vão fazer esse mínimo.

Por nosso primeiro turno, era para que fizéssemos contas diferentes. Mas não adianta chorar o leite derramado. Pelo que imaginávamos antes do início do Brasileirão, as contas não nos colocavam entre os melhores, mas não imaginávamos temer o Z4.

Enfim, nossa situação é essa. “É melhor pensar depressa e escolher antes do fim”, diz a letra da mesma canção de Roberto Carlos. Ainda não é tarde, mas já passou da hora. Brigas, vaidades, arrogâncias, mandos e desmandos. Não importa nada disso agora, “seu orgulho não vale nada”.

Daqui pra frente, tudo tem que ser diferente.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Imagem: wc/pra