Faz pouco tempo apresentei a vocês uma crônica falando do que significavam nossas três cores no hino e na Libertadores. Seguindo a ordem da letra: verde, sangue e branco. Ou esperança, vigor e fidalguia. Fidalguia… Fidalguia significa generosidade, nobreza de caráter. É com essa característica que o Fluminense jogou nessa terça-feira.

O anúncio sobre o garoto Michael, colocando-o como usuário de cocaína fez as Laranjeiras tremerem por alguns minutos. Obviamente a notícia correu mais rápido que o vento pela internet, principalmente através das redes sociais. A incredulidade, a revolta e o repúdio foram os primeiros a chegar.

O caminho natural dos fatos seria a negação, o pedido de contraprova e as juras de inocência. Mas não foi assim que aconteceu. Michael fez a única coisa que poderia ser certa: assumiu seu erro. E então nós recorremos aos motivos. Seria a solidão (como no caso Giba)? A fama repentina e o deslumbre? As novas, mas nem sempre boas companhias? Na verdade isso tudo só serve como desculpa. Acontece que nada justifica o consumo de drogas, principalmente para um atleta que representa um time gigantesco e uma torcida ainda maior. Mas peraí… Isso faz dele uma pessoa má?

O erro é inegável e o desvio é evidente, mas por isso ele deve ser descartado? Julgado e executado? Entendam, eu sou completamente contra as drogas. Se tivesse uma foto ao lado da definição de “careta” no dicionário, seria a minha. Porém me encheu de orgulho saber que o Abel, os jogadores e todo o Fluminense não viraram as costas para o garoto. Não se trata de passar a mão na cabeça – isso nunca! Mas querer recuperar o jovem, a pessoa que ele é antes mesmo de ser um jogador de futebol.

O que acontecerá caso ele pegue dois anos de suspensão eu não sei. Mas hoje, com certeza, ele não buscará conforto onde só se encontra desgraça.

Fidalguia, meus amigos. Fidalguia.

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Fluminense x Emelec

O ano de 2013 começou com o maior nível de expectativa tricolor. Eu mesmo vociferei no mundo real e no mundo virtual que o Fluminense venceria tudo. Bem, se isso fosse uma escola, já teríamos bombado na primeira matéria. A torcida esperava ver até três times, o que incluía a garotada correndo no estadual. Isso não aconteceu e deixamos um estadual fácil de conquistar ir para General Severiano.

E o que isso tem a ver com hoje? Isso tem tudo a ver com hoje! A responsabilidade de vencer a Libertadores agora está mais pesada do que nunca sobre as nossas costas. E as mesmas causas da coisa do nosso fracasso no carioca, fazem agora que o Fluminense tenha que convencer a todos de que ainda é capaz de ser o time que era esperado para este ano.

Não se engane, será difícil. O Emelec jogará como um ferrolho tampando seu gol, se defendendo e esperando alguma oportunidade de contra-atacar. Mas por outro lado, sei que é nessas horas que o Fluminense mostra o seu valor. É na adversidade e no desespero que brilhamos. Para passar por esse obstáculo, hoje time e torcida precisam ser um. Que a arquibancada seja o gramado e assim, depois do tombo, que venha a maior das vitórias.