Unión Española 1 x 1 Fluminense (por Marcelo Savioli)

Amigos, amigas, entre mortos e feridos quem se deu mal foi o time chileno, que abriu a contagem já nos minutos finais e sofreu o empate nos acréscimos, mantendo o Fluminense na liderança e com excelente prognóstico no que diz respeito à classificação direta para a próxima fase, já que temos dois dos três próximos jogos em casa, inclusive contra o nosso perseguidor mais direto, o Once Caldas, no Maracanã.

A trapalhada de Thiago Santos no gol chileno foi, talvez, uma forma de se tentar produzir um resultado que melhor descrevesse o jogo. O Unión teve as melhores oportunidades, apresentou melhor jogo coletivo e merecia a vitória. Mas, por falar em Vitória, lembrando o nosso último duelo, o futebol não funciona bem assim.

A verdade é que o Fluminense até vivia seu melhor momento no jogo quando sofreu o gol. Na insistência, chegou ao empate, com um time nitidamente sofrendo para realizar associações em campo. Bernal e Nonato, que deveriam ser os responsáveis pelo equilíbrio no meio de campo foram, na medida em que o jogo passava, sendo triturados pela marcação chilena, o que foi fundamental para o sufoco que passamos.

Ironia do destino, subiram de produção na fase final da partida e Nonato marcou um belo gol, depois de uma ação ofensiva mais engajada do que coordenada. Um time reserva que obteve algo parecido com o que foi procurar no Chile: a manutenção da liderança. Mas que poderia ter proporcionado uma experiência mais agradável à plateia.

Se Renato estava certo ao poupar seus principais titulares, é fácil falar depois da obra pronta, mas a minha opinião sempre foi de que a decisão foi acertada. Errado foi o desempenho do time e a demora de fazer as substituições na segunda etapa pelo seu auxiliar. Keno, que fez partida apenas razoável no primeiro tempo, tendo sido responsável por ligar contragolpe adversário, que culminou na melhor oportunidade de gol dos primeiros 45 minutos, foi nulo na segunda etapa, visivelmente esgotado, mas demorou muito a ser substituído.

Tudo bem, o que vai ficar desse jogo é o resultado, mas gostei da participação de Lavega e Wesley Natan, os dois que entraram por volta dos 15 ou 20 minutos da etapa final. Vagno passou mal com as associações chilenas por seu lado, mas teve atuação valente. Júlio Fidelis, que foi menos assediado e teve mais espaços ofensivos, não mostrou o seu melhor, mas isso não é problema.

Problema é o que teremos sábado, quando enfrentaremos o Botafogo no Nilton Santos, porque é jogo de vida ou morte e precisamos desesperadamente vencer, porque não podemos deixar Palmeiras e Dissidência se afastarem. Espero que a decisão de Renato inclua uma partida magistral pela rodada do Brasileiro, que nos mantenha muito próximos do topo da tabela.

O Fluminense do Renato tem energia. Não podemos deixar que essa chama se apague, porque esse elenco pode produzir muito mais do que o senso comum é capaz de vislumbrar. Ou não seria o senso comum.

Saudações Tricolores!

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