Tricolores, apesar da situação caótica em que se encontra o Rio de Janeiro, pudemos sorrir no último domingo, contra o Vasco, no Maracanã. Quebramos um tabu de dez jogos sem vencer o rival cruzmaltino – é bom que se diga que poderíamos ter vencido alguns jogos se não houvessem as arbitragens tendenciosas que sempre interferem nos resultados.
Ganhamos o Vasco com autoridade, fazendo um gol em cada tempo. Fomos cirúrgicos e não demos sopa para o azar, como estávamos fazendo nos últimos anos. Quando vencemos aquelas duas partidas seguidas por 3 a 0 sobre eles, em 2017, pensei que iríamos voltar a ter a sorte em nosso lado. Enganei-me: eles voltaram a vencer, e quase três anos depois conseguimos triunfá-los. Espero que agora seja pra valer, com os ventos deste clássico tão rico em histórias mudando ao nosso favor.
Uma pena que o jogo tenha sido tão melancólico, apesar do placar que dá uma falsa impressão para quem não viu o jogo. As duas equipes deram sono em campo, sem saber o que fazer e, para completar o cenário, o Maracanã vazio, sem torcida, em função da pandemia do coronavírus.
Quem sabe que com o público presente o jogo teria sido mais quente. Pode ser que sim, pode ser que não; Fluminense e Vasco tem apresentado partidas ruins, não condizentes com a história de ambos. Na minha opinião e sem clubismo, vejo o Fluminense um pouco superior ao Vasco no momento. Quiçá estejamos equiparados ou um degrau melhor que o Botafogo. Isso o tempo dirá.
Digo isso com tristeza, pois, além de ser Fluminense, sou admirador do futebol e irei querer sempre ver o futebol carioca forte, como sempre foi. Há trinta e seis anos, o Campeonato Brasileiro foi decidido por Fluminense e Vasco. Duas equipes fortíssimas, que não deixavam dizer qual era a favorita. O nosso tricolor acabou vencendo a decisão com o gol antológico de Romerito, sagrando-se bicampeão brasileiro no eterno Maracanã. Bons tempos.
Para termos ideia, no ano seguinte o simpático Bangu quase foi campeão carioca (perdendo a decisão para o próprio Fluminense) e por pouco, mas muito pouco mesmo, não foi campeão brasileiro, perdendo a decisão lamentavelmente para o Coritiba no Estádio Mário Filho tomado por uma onda vermelha e branca. Sim, lá tinham tricolores, vascaínos, flamenguistas e botafoguenses, juntxs e misturadxs, torcendo pelo alvirrubro, mas infelizmente a corrente positiva não adiantou.
Anos depois, tudo mudou. O Bangu parou de frequentar os grandes campeonatos e de desafiar os grandes – América foi pelo mesmo caminho – e Fluminense, Vasco e Botafogo foram aos poucos se apequenando, vivendo alguns relâmpagos de felicidade.
Em suma, o futebol carioca declinou, porém as histórias ainda estão aí para serem contadas, e talvez sejam elas que ainda despertam em nós um pequeno desejo em ver o campeonato do nosso estado. Lembremos delas agora, já que estamos passando por um período difícil e muitxs de nós, às vezes, ficamos sem ter o que fazer. É o jeito.
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Amigxs leitorxs, fiquem em suas residências. Estamos todxs passando por um momento difícil, porém juntxs iremos combater essa pandemia do COVID-19, ficando em casa e evitando aglomerações. Sejamos todxs solidárixs e conscientes, assim será muito mais fácil. Nossa saúde em primeiro lugar sempre. Saudações tricolores!
Panorama Tricolor
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