Anunciada para semana que vem a chegada às livrarias de “O jogo dos cartolas: futebol e gestão”, do ex(?)-executivo do Fluminense Jackson Vasconcelos.

Desde já, ao menos no futebol, um dos livros do ano.

Não exatamente pelo esmero técnico que dele se espera, mas pelo que possa sugerir em suas não revelações. E também por pertencer a um rol de livros recentes que tratam dos bastidores do futebol, de muita curiosidade, ainda mais num clube que recentemente opta pela verborragia em horas de silêncio e pelo calar nas horas de grita.

Este PANORAMA não cometeria a impropriedade de resenhar uma obra que sequer foi lida. Somos amadores para trabalhar em prol do Fluminense, mas não no caráter. Ansiosamente esperamos seu lançamento para a devida apreciação do livro.

No entanto, pelo pouco que foi divulgado, já causa impacto.

Uma literatura empolgante e minuciosa sobre as paredes com olhos do Flu? Uma peça publicitária visando o jogo político tricolor de 2016? Um mergulho nos porões das Laranjeiras? Um gesto de lealdade ou o contrário? Uma revelação literária no jornalismo de futebol? Só lendo e relendo para saber.

Desde já, uma opinião sucinta: Celso Barros nem de longe foi ou é o candidato preferido de vários colunistas e colaboradores desta casa. Acertou muito e errou idem. Podemos dizer que nosso desconforto era ter a impressão de que o Fluminense teve dois presidentes simultâneos lutando durante alguns anos, o que nos parecia péssimo.

Mas eventualmente demonizá-lo pode ser um tiro nos dois pés, ainda mais em se tratando de quem o cortejava. A história não perdoa a edição da memória.

Finalizando, que o livro de Jackson seja bem-sucedido e respeitado dentro do estado democrático de direito, elogiado e criticado dentro da tradicional fidalguia tricolor. Livros são escritos para serem lidos, não destruídos.

Fidalguia aquela a ser resgatada, uma vez que foi pontualmente jogada no lixo quando o autor de um livro a respeito do Fluminense foi outro.

@PanoramaTri