Um domingo tricolor de luta (por Claudia Barros)

Pelo terceiro ano consecutivo um time do Rio de Janeiro ganha a Libertadores da América.
Destaque para o nosso sonhado título, em 2023 e parabéns ao Botafogo, pela brava e importante conquista em 2024.

Mas a coluna de hoje não é comemorativa, ao contrário, é dramática. A essas alturas do Brasileirão 2024, por mais que possamos nos livrar do rebaixamento, a inquietude e o desconsolo estão postos.

O torcedor tricolor está sendo achacado por um time cuja gestão deixou escorrer pelos dedos, por exemplo, Luiz Henrique.

O mesmo Luiz Henrique que não comemorou o gol que fez contra nós nesse Brasileirão; e o mesmo Luiz Henrique que o então treinador tricolor, Fernando Diniz, pediu à gestão do Fluminense no início do ano, ouvindo uma retumbante negativa.

O torcedor tricolor está sendo humilhado porque num sábado à noite, com o Brasileirão perto do fim, é obrigado a torcer para que o Criciúma não vença o seu jogo e evite, assim, que o Fluminense “durma” na zona de rebaixamento.

O torcedor tricolor amarga vexames em série. O Fluminense, que frequentou a zona de rebaixamento do Brasileirão praticamente desde o início do campeonato, quando saiu da zona, lá pelos idos da 24ª rodada, foi mais em função de resultados de outros do que propriamente por seus méritos.

Derrotas notáveis a exemplo daquela para o Juventude, representam lapsos constantes de presença em campo. A famosa garra, máxima absoluta do futebol, não está em voga no Fluminense, tampouco vê-se firmeza emocional.

Com a vitória do Corinthians sobre o Criciúma, que acabou de ser consumada, o Fluminense depende de si para se manter fora da zona. Mas, quem disse que a torcida se aquieta diante de um time esquisito, apático e pouco confiável?

Resta-nos esperar um domingo mais glorioso, tal qual foi o Botafogo nesse último dia de novembro de 2024.

Que dezembro possa nos afastar dessa angústia e que o time enfrente o enfastiante Athletico Paranaense com a responsabilidade de quem sabe o tamanho do Fluminense. Assim como sabe o vexame que seria oscilar do patamar de campeão da América para uma queda desonrosa.

Aparentemente, o Fluminense entra em campo com Fabio, Samuel Xavier e Diogo Barbosa; Thiago Silva e Thiago Santos; Bernal, Martinelli, Ganso e Lima; Arias e Cano.
Parece ser o que temos de melhor, mas não é.

No saudoso ano de 2010, o Flu contava com Mariano e Carlinhos nas laterais. Hoje, Samuel Xavier e Diogo Barbosa. Sobre o primeiro, contenho minhas críticas. Sobre o segundo, considero um dos piores jogadores do elenco.

E entre contratações e vendas malfadadas, a gestão do Fluminense nos empurra para algo inacreditável: ir do céu ao inferno com a mesma velocidade da luz.

Para fechar o drama, hoje senti saudade de Mariano. Aliás, sempre senti, desde que saiu do Flu.