Indignação. Perplexidade. Saco cheio. Esse é o mínimo de palavras que descrevem o meu sentimento em relação a esse time e, principalmente, à diretoria do futebol e ao Abel, nesse momento. Aliás, essa percepção vem desde o anúncio das contratações feitas na pré-temporada, com o evidente aprofundamento paulatino da decepção a partir dos primeiros resultados ridículos da temporada.

Sem o perigo de ser hiperbólico, é correto afirmar que o ano de 2013 foi jogado fora. As péssimas atuações do Rodrigo Caetano e Sandrão, que trabalham de acordo com a vontade do Celso Barros, e do Abel na montagem (ou seria desmontagem) do elenco desse ano conseguiram transformar o atual Campeão Brasileiro em um time ridículo. E ontem ainda foi anunciado que o RC concorre ao prêmio de melhor não sei o que do ano. Deve ser brincadeira.

O atual Campeão Brasileiro volta novamente a lutar contra o rebaixamento. Depois de uma pequena respirada, as duas derrotas consecutivas nas duas últimas rodadas, nos coloca novamente na situação de torcer contra os times que estão abaixo do Fluminense. É ou não é uma situação ridícula?

O título da coluna refere-se a alguns pontos que incomodam o torcedor tricolor há algum tempo. O primeiro deles já dura anos e parece que não terá fim: a sina de perder para o Vasco.

Se nós perdemos para o rabisco de time que o Vasco levou a campo na quarta, quando vamos conseguir vencer o representante português do Rio? Para mim parece que nunca mais. A escalação do Vasco foi provavelmente a pior de todos os seus mais de cem anos de história. Uma coisa abominável. A zaga, por exemplo, deve ser a única da 1ª divisão que consegue o feito de ser pior do que a nossa.

A verdade é triste e dura, mas, se fosse ao contrário, ou seja, o Fluminense com um time tão medíocre, provavelmente o time da colina teria enfiado uma boa goleada em nós. Parece que quando enfrentamos o Vasco, eles são grandes e nós não.

O segundo grande incômodo do torcedor com o time vem desde o ano passado, mas ganhou contornos dramáticos no ano de 2013: a vocação que nosso time tem, capitaneado, é claro, pelo câncer e a dupla de zagueiros que estiver em campo, de recuperar adversários abatidos e em baixa. Seja esse adversário representado por um time inteiro, que não ganhe há quinhentos anos, ou um jogador que não faça gol a dez mil minutos ou com o qual a torcida adversária esteja insatisfeita. O importante para esse time do Fluminense parece ser dar uma segunda chance. Todos merecem uma segunda chance!

Contando somente as últimas duas rodadas, praticamos essa nossa “qualidade” três vezes. A primeira foi com o Leandro Damião, que não marcava desde o século XVIII. Veio o jogo e… “pimba”: gol do atacante colorado.

Quarta, de uma só vez, demos fôlego ao Vasco, que ainda assim não conseguiu sair da zona da degola, e ressuscitamos o fraquíssimo Cris, jogador que a torcida do Vasco não aguentava mais ver em campo. Pois bem, veio o jogo contra o Flu e o, até então, defenestrado zagueiro adversário foi um monstro. Não perdeu uma jogada, não vacilou uma vez sequer, esteve em todas as posições da defesa adversária e não deu chance ao nosso ataque. Além de tudo isso, ainda fez o gol da vitória. Incrível! Cris é seleção!

Que vocação é essa de ressuscitar os mortos? De dar chance a quem está abatido ou moribundo?

Não há como não lembrar que o jogo de quarta se tornou difícil principalmente por que sofremos um gol nos primeiros quinze minutos. Não fosse isso, o desespero certamente tomaria conta do time adversário e o jogo teria sido facilitado para nós. Mas, com um setor defensivo composto por câncer, Gum e/ou LE e/ou Anderson, nunca haverá jogo fácil. São jogadores medíocres e que foram bancados desde a pré-temporada pelo Rodrigo Caetano e pelo Abel.

Eu estou de saco cheio de ver esse time em campo! Que chegue dezembro e que estejamos na primeira divisão no ano que vem.

Rápidas:

– Perder para esse time do Vasco foi a gota d’água!

– E ainda por cima com gol do Cris! Meu Deus!

– Vamos mesmo terminar o ano sem uma vitória sequer contra os grandes do Rio? É isso?

– Só para lembrar alguns impropérios empurrados goela abaixo da torcida desde a pré-temporada pela dupla RC e Abel: “Temos zaga para seis anos” e “O elenco é forte, o maior reforço é manter todos os jogadores”;

– Foi divulgado pela imprensa que Peter pretende renovar o contrato do Rodrigo Caetano. Até agora considero que os erros do ano no futebol não podem ser colocados na conta do nosso presidente, visto que Peter precisava cuidar do clube como um todo e decidiu delegar o comando do futebol para aqueles que ele contratou e que julgava competentes. Mas se Peter realmente mantiver o RC para o ano que vem, terá que ser responsabilizado por eventuais maus resultados em 2014. Espero muito que as notícias sejam inverídicas e que RC não continue;

– Amanhã precisamos vencer. Dada a nossa “capacidade” de recuperar times abatidos, a derrota em casa do Grêmio para o Criciúma, time da zona do rebaixamento, que deveria ser um sinal positivo para nós, acaba por preocupar ainda mais;

– Surge novamente o mantra da fuga do rebaixamento: 13 pontos, 13 pontos, 13 pontos…

Panorama Tricolor

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