Prezados amigos, saudações tricolores!
Depois de levar a melhor no centenário do clube dos subúrbios do Leblon, no centenário do nosso Tricolor e no centenário do clássico, vencemos o Fla-Flu dos preços centenários. E nada melhor do que uma retumbante vitória no Fla-Flu dos 100 reais para começar a colocar cada coisa em seu devido lugar.
Em mais uma demonstração de rancor, plenamente compreensível em virtude dos muitos reveses impostos pelo nosso clube ao longo destes quase 102 anos de rivalidade, a diretoria dos outros se acometeu de mais um dos seus muitos arroubos de arrogância, se mantendo inflexível quanto ao preço dos ingressos. A eles, a nossa total indiferença. Com um chocolate de brinde.
E um Fla-Flu, com os remadores como mandantes, jogado no início de fevereiro, com Renato no comando tricolor, não poderia ter outro fim.
Foi assim em 09 de fevereiro de 2003, dia em que liquidamos a fatura em pouco mais de dez minutos, com um verdadeiro show de Carlos Alberto, com apenas 18 anos de idade à época. Os remadores lideravam o campeonato carioca e promoviam a estreia do inexplicavelmente badalado Lopes, mas em pouco mais de dez minutos já havíamos selado a vitória.
Contra um adversário embalado e apontado pela imprensa como franco favorito, Renato colocou o bravo Marciel na cola de Felipe, que vivia um de seus melhores momentos no futebol, e adiantou a marcação, surpreendendo os rubro-negros em seu campo. A estratégia funcionou e a blitz tricolor não demorou a dar resultado. Aos quatro minutos, Carlos Alberto recebeu no campo de defesa tricolor, ignorou Felipe Mello e Athirson e avançou pela direita. O jovem meia encontrou Ademílson no comando do ataque e este, com um belo toque, deixou Fábio Bala na cara do gol. O artilheiro do Carioca de 2003 dominou e bateu na saída de Júlio César.
E antes mesmo que o Flamengo pudesse se reorganizar em campo, Carlos Alberto cobrou falta de André Bahia sobre Fábio Bala, no contrapé do goleiro rubro-negro e ampliou a vantagem tricolor aos nove minutos. Dois minutos depois, o falecido Jancarlos descolou excelente lançamento para Fábio Bala na esquerda do ataque tricolor. O artilheiro entortou o volante Jorginho e serviu Ademílson, que escorou para o gol e sacramentou a goleada tricolor, que só não foi maior em virtude das muitas oportunidades desperdiçadas por nossos atacantes.
E eles sequer tiveram tempo de anotar a placa…
Foi assim em 10 de fevereiro de 2008, em partida válida pela última rodada do primeiro turno do Campeonato Carioca de 2008. Estávamos na reta final da preparação para a disputa da Taça Libertadores da América daquele ano, torneio em que acabaríamos protagonizando um dos mais belos capítulos da nossa história, que por apenas um estufar de redes não se transformou na maior conquista do Fluminense.
Os da Gávea também se preparavam para estrear no mesmo certame continental, em que tiveram a sua trajetória abreviada por certo Salvador Cabañas.
Com os dois times classificados para as semifinais da Taça Guanabara e com as atenções voltadas para a Libertadores, Renato e Joel optaram por mandar a campo equipes mistas. Mas apesar dos muitos jogadores poupados dos dois lados, o Fla-Flu, com preços acessíveis, atraiu mais de quarenta e duas mil pessoas ao Maracanã.
A primeira etapa foi movimentada, com chances de gol dos dois lados. Antes dos dez minutos, Thiago Neves já havia levado perigo à meta rubro-negra em duas oportunidades. Depois, Fernando Henrique brilhou com importantes defesas com as mãos em chutes de Obina e Diego Tardelli, antes de, ao seu estilo, defender com os pés outra perigosa conclusão de Tardelli.
Durante o intervalo, prenunciando a tempestade que se aproximava, uma descarga elétrica atingiu o para-raios do estádio e levou embora a iluminação do Maracanã. Depois de uma interrupção prolongada, as duas equipes voltaram a campo no mesmo ritmo da primeira etapa e antes dos cinco minutos do segundo tempo, Kléberson mexeu no placar. Marcinho fez boa jogada pela direita e cruzou para a área. A zaga do Fluminense bateu cabeça e a bola sobrou quicando, perto da marca fatal, de onde o pentacampeão mundial bateu de esquerda, sem defesa para Fernando Henrique.
Mas a alegria rubro-negra durou pouco. Bem pouco. Menos de três minutos depois, Thiago Neves começou seu baile particular e empatou a partida, cobrando falta com categoria, no canto esquerdo de Diego. O show estava começando…
Aos vinte e sete minutos, em nova cobrança de falta, o meia tricolor resolveu variar o repertório e bateu alto, no ângulo direito do goleiro rubro-negro, marcando um belo gol, seu segundo na partida. O show estava cada vez melhor…
Aos trinta e três minutos, Thiago Neves recebeu na esquerda, tabelou com Cícero, driblou um zagueiro, humilhou o outro com um drible por entre as pernas, e tocou com categoria, na saída de Diego. Um golaço! O show estava excelente…
Depois de anotar o seu terceiro tento na partida e provocar mais uma vez a torcida adversária, Thiago Neves saiu de campo ovacionado pelos tricolores, já em estado de êxtase nas arquibancadas do Mário Filho. Mas ainda havia tempo para mais. A poucos minutos do encerramento da partida, Davi cobrou falta para a área e Mauricio mandou para as redes, transformando a bela vitória tricolor em goleada. E antes mesmo do apito final, as arquibancadas à direita das cabines de rádio explodiram em uníssono: crééééééééu!
O show estava completo!
No último fim de semana, a história voltou a se repetir.
Saudações Tricolores.
Sergio Trigo
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Panorama Tricolor
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Foto: reprodução
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