Time sem cara (por Crys Bruno)

crys bruno green

Após nove dias sem jogar, o Fluminense volta a campo essa noite pela Copa do Brasil, diante da Ferroviária, em São Paulo. A grande questão é qual time veremos: o da final da Primeira Liga ou o letárgico da semifinal do Carioca?

No DNA da sua sinceridade, Levir dispara: “- Ainda não achamos a cara do time. ” Isso! O Fluminense é um time sem cara, o que explica, algumas vezes, os altos e baixos, a debilidade, que muitos de nós, torcedores, confundimos com falta de vontade, quando, quase sempre, era mesmo resultado de um time sem encaixe, que se enrosca em sua própria confusão tática.

O meio-campo do Fluminense é o que mais me preocupa. Não pode ter um volante que não sabe passar. Também não pode faltar um meio de criação. Cícero e Gerson são lentos não têm na frente uma opção de velocidade para receber seus passes.

Mesmo com passes verticais e longos, qualidade que sobra em Cícero e Gérson, o meio fica sem opção ou com apenas uma saída, ora só com Osvaldo, ora só com Marcos Jr, pois o ataque é previsível. Gustavo Scarpa não é um camisa 10. É mais um atacante que flutua, mas não é um 10.

Quando nosso camisa 40 não acha seu espaço ou desce com a marcação, o time para de jogar futebol e vemos jogadores se livrando da bola, assim: bola no lateral e chuveirinho na área ou a bola parada que não funciona há séculos. Foi o que vimos contra o Botafogo e, praticamente, nos últimos tenebrosos meses.

Nessa noite, eu espero uma Ferroviária armada como o Fluminense de Abel ou de Eduardo Baptista: com oito jogadores entre a baliza e a intermediária defensiva. Isso vai obrigar nosso time a subir a marcação como eu gosto, porque aproxima os três armadores e libera os laterais para o apoio, dando chance de armar uma jogada, sem alongar toda hora a bola no Fred, inutilmente.

Imaginando esse contexto, acho que conseguiremos fazer um bom jogo. Porque, com um meio-campo lento e um ataque onde só um jogador é ágil para receber o passe e que nem sempre está na frente sem a bola, se ficarmos na retranca, buscando o contra-ataque, será mais provável tomarmos um gol que marcar. Foi assim contra o Botafogo. Tinha deixado de ser assim com Levir.

O time sem cara ainda tem que ser ao menos o time de Levir: tomando a iniciativa do jogo, compactado a partir do ataque, buscando sempre o gol. O caminho é longo, mas se conseguirmos completar o elenco com os encaixes necessários, o Fluminense irá se recompor, finalmente, reaparecendo com a face do Retumbante de Glórias para brigar por todas as taças!

Abraços,

Panorama Tricolor

@Panoramatri @CrysBrunoFlu

Imagem: CB / PRA

3 Comments

  1. Olá Crys,

    Com o que temos, vc acha maluquice colocar o Douglas na lateral esquerda e deixar o W Silva tb por ali pra puxar os contra ataques (ou pela direita com Scarpa pela esquerda), ele faria o papel de atacante de velocidade, será que sem a preocupação (excessiva) com a marcação ele não acertaria mais que o Osvaldo (olha que eu acho que uma hora o Osvaldo acerta)??????

    Mas eu queria mesmo era ver o Douglas na vaga do Pierre.

    ST

    1. Gaia, tentaria o Douglas de lateral há séculos rs. Com certeza! Mas Pierre, Cícero e Gerson, meio-campo lento, sem um ataque com jogadores velozes, não dá! Para piorar, um time com postura de cozinhar resultado com 1 a mais contra Ferroviária, é o fim da picada, nojento, vergonhoso!

      1. Os 3 que vc citou + o inútil do Osvaldo já estão fazendo hora extra.

        Que São joão de Deus nos ampare.

        ST

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