A liderança faz bem. Os ares nas Laranjeiras são nitidamente outros a partir da sequência de 5 vitórias nas últimas 5 partidas. Evidentemente, o clima no clube melhorou ainda mais depois de vencer um clássico, visto que passar pelos adversários anteriores foi praticamente obrigação.

E a vitória de sábado passado não representou a simples conquista de três pontos. Vencemos um clássico, sim. Aliás, não só vencemos como passamos por cima do adversário. Mas, muito mais do que isso, a forma acachapante, humilhante com que sobrepujamos o adversário serviu para lavar alma da torcida. E não por que o adversário e sua torcida seja o que eles pensam ser, não. A humilhação por nós imposta foi ainda maior por ser o adversário o preconizador de toda a sujeira que foi feita na última rodada do ano passado e que foi imputada a nós, justamente para protegê-lo.

Mostramos no campo a nossa superioridade, como já o fizemos, em especial contra esse mesmo adversário, em inúmeros momentos da nossa irretocável história de protagonista, que perdura por 112 anos e não tem data para terminar.

Provamos, uma vez mais, que o nosso tapete é verde e tem dimensões de 105 e 68 metros. Um tapetão verde. Nesse terreno sim, somos realmente os reis, os reis do tapetão verde, com muito orgulho. A repercussão, obviamente, não foi a devida, pois os reis da mídia e de toda a manipulação dos leitores são eles, os perdedores.

Nosso time, apesar das deficiências que somente contratações poderão eliminar, vem melhorando. A sequência de treinamentos e jogos vem dando conjunto ao time. E com o conjunto e a compactação, as fragilidades ficam menos latentes.

Além do coletivo, a sequência vem naturalmente melhorando a qualidade individual dos jogadores, que agora, mais distantes do ridículo período de pré-temporada imposto pelo insano calendário do futebol brasileiro, já erram menos e mantém algum padrão técnico.

Mas insisto que há necessidade de contratar reforços, pois todos nós temos um limite de aprendizado e de execução de atividades. Por mais que treinemos e nos qualifiquemos, há um ponto máximo para a nossa melhoria. Eu por exemplo, apesar de matemático, nem com 100 anos de estudo e prática, seria um Euclides de Alexandria ou um Leonhard Paul Euler. Todos nós temos um limite que é mais dilatado para alguns poucos e mais reduzido para a maioria.

Alguns dos titulares do nosso time têm um limite de melhora inferior ao que um clube da pujança do Fluminense exige. Não há como, por exemplo, exigir que o Gum reduza a praticamente zero as suas falhas, que Diguinho acerte 80% dos seus passes, ou que Bruno chegue a esse mesmo índice nos cruzamentos que executa. São todos muito esforçados e compromissados, mas seus máximos estão abaixo do padrão que o Fluminense merece.

Nosso departamento de futebol parece ter reencontrado o caminho da organização e isso reflete no time. Mas é bom lembrar que o Carioca é um campeonato de qualidade bastante fraca e não exige 50% do que o Brasileiro. E para termos uma temporada com chance de sucesso em termos nacionais, seja no Brasileiro ou na Copa do Brasil, é preciso ainda, que além da organização, a diretoria ou a Unimed faça um esforço para reforçar nossas posições carentes.

Tenho insistido nesse tema de reforços a cada semana e vejo que essa preocupação faz parte do pensamento de vários companheiros de Panorama, além de praticamente de todos os amigos tricolores com quem tenho contato.

Espero que a diretoria consiga contratar um ou dois zagueiros, coisa que tem sido muito falada e, sem dúvida, é a grande prioridade (há anos) desse elenco, mas há outras posições carentes que estão sendo menos comentadas ou sumiram da pauta.

Estamos no caminho certo, mas há ajustes que precisam ser feitos para tornar nosso time realmente competitivo em nível nacional.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @MVivone

Foto: http://ocarioca-online.blogspot.com.br/

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