Num ano em que o Fluminense conquistou um dos títulos mais difíceis de sua história e, por pouco, não foi campeão brasileiro, algumas lembranças do começo da temporada, mais precisamente na segunda quinzena de janeiro
Antes dos 33, a idade de Cristo, com sua fita de rambo na cabeça, um corpo indestrutível e um coração na mão, ele desprezou as cerimônias e levou o Fluminense a um de seus títulos mais difíceis
1995 não foi só uma barriga. Tivemos ali um fenômeno espetacular: a alma tricolor encarnada em jogadores e torcedores. Fomos a ressurreição de Renato, a emoção radiante de Ézio, o brilho efêmero de Leonardo, Lima, Ronald e Wellerson, a virilidade de Lira, a predestinação de Aílton
Poderia ter sido um pênalti, um bate-rebate deselegante. Um gol comum. Mas não. Um lance inesquecível, concluído de forma única, por um dos maiores fanfarrões da história do futebol brasileiro. E nessa frase não há nenhum demérito ao grande Renato Gaúcho. E sim mais um pouco de azar do mais querido. Um herói obscuro e introspectivo ajudaria a flapress a sepultar no passado esse momento. Quis Deus que a barriga fosse a do jogador mais midiático do país
Cinco ou seis anos épicos do Fluminense começaram com aquele toque do Magrão no Maracanã, avançaram com o passe fantástico que ele deu para Roger sacramentar o título de 2007 e estão por aí até hoje. O futebol é um segundo entre a fé, a glória, o drama e a história
Nossos ídolos têm atestado de caráter, não meramente de sucesso. O sujeito que gosta do clube apenas porque é vencedor não gosta do clube, gosta de vencer. O Fluminense é vencedor, mas a paixão de sua gente já provou atravessar os mares agitados da derrota, até da sarjeta
Fluminense lança uniforme em homenagem aos 20 anos do “gol de barriga” de Renato Gaúcho, com a inscrição “25 de junho de 1995” logo abaixo do escudo do Flu. Com título […]